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Reunião de Lula e Trump: o que esperar daqui para frente?

A reunião de Lula e Trump, realizada em Kuala Lumpur neste domingo (26/10), marcou um avanço concreto nas negociações entre Brasil e Estados Unidos. Os dois presidentes decidiram abrir diálogo imediato para revisar tarifas e sanções impostas a autoridades brasileiras. A CNI considerou o encontro um passo relevante para restaurar a competitividade das exportações nacionais e fortalecer a indústria. O governo brasileiro espera concluir um acordo setorial nas próximas semanas, enquanto o setor produtivo aposta que a aproximação pode inaugurar uma nova fase de cooperação econômica e tecnológica entre os dois países.
Reunião de Lula e Trump sobre tarifas e comércio bilateral.
Reunião de Lula e Trump na Malásia marca retomada das negociações bilaterais e aponta para nova fase da parceria econômica Brasil-EUA. Foto: Ricardo Stuckert/PR

A reunião de Lula e Trump, realizada neste domingo (26/10) em Kuala Lumpur, na Malásia, consolidou um avanço concreto nas negociações entre Brasil e Estados Unidos. O encontro, de cerca de 45 minutos, inaugurou uma nova fase de cooperação ao abrir tratativas imediatas para suspender tarifas e revisar sanções aplicadas a autoridades brasileiras.

Durante o diálogo, descrito por Lula como “franco e construtivo”, os dois presidentes acertaram que suas equipes iniciarão conversas técnicas já nos próximos dias. Segundo o governo brasileiro, a revisão das tarifas pode devolver previsibilidade ao comércio bilateral e ampliar a competitividade das exportações nacionais.

Trump, por sua vez, expressou admiração pela trajetória política de Lula. Além disso, o presidente dos Estados Unidos demonstrou disposição para buscar um entendimento equilibrado.

CNI vê na reunião de Lula e Trump oportunidade para reposicionar a indústria

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) avaliou o encontro como um avanço estrutural nas relações bilaterais.

“O anúncio do início das negociações sobre o tarifaço é um passo relevante. Acreditamos que teremos uma solução capaz de devolver competitividade às exportações brasileiras e fortalecer o emprego industrial”, afirmou Ricardo Alban, presidente da entidade.

A CNI tem participado ativamente do processo, oferecendo análises e propostas em áreas estratégicas como energia renovável, biocombustíveis, minerais críticos e tecnologia. Além disso, a missão empresarial da confederação a Washington, em setembro, abriu canais de diálogo que agora ganham novo impulso com o acordo político alcançado na Malásia.

Além da questão tarifária, a CNI aposta em uma agenda de cooperação de longo prazo com os Estados Unidos. Por isso, a entidade defende a criação de fóruns permanentes de diálogo entre governos e setor privado, capazes de alinhar políticas industriais, facilitar investimentos e promover a integração tecnológica. Segundo Alban, a aproximação iniciada na reunião de Lula e Trump pode transformar o relacionamento comercial em uma parceria estratégica, voltada à inovação e à sustentabilidade.

Perspectivas para o novo ciclo de cooperação Brasil-EUA

O chanceler Mauro Vieira afirmou que a reunião foi “muito positiva” e que o objetivo é concluir um acordo setorial nas próximas semanas. Não obstante, o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Márcio Rosa, reforçou que o superávit dos Estados Unidos na balança comercial com o Brasil enfraquece o argumento das tarifas.

Veja, abaixo, a fala do ministro Mauro Vieira:

A reunião de Lula e Trump simboliza uma guinada pragmática na política externa brasileira. Se acaso as negociações avancem, o resultado poderá incluir um acordo comercial parcial com foco em manufaturados e energia limpa.

Essa reaproximação tende a recolocar o Brasil nas cadeias de valor norte-americanas. Ademais, pode consolidar uma parceria econômica mais estável. O diálogo bilateral, portanto, ultrapassa a pauta tarifária e projeta um futuro de integração produtiva e tecnológica entre as duas maiores economias do continente.

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