O leilão de baterias do Ministério de Minas e Energia (MME) foi o destaque em reuniões realizadas pelo ministro do MME, Alexandre Silveira, com grandes empresas asiáticas do setor de energia, na última sexta-feira (24/10). A iniciativa, marcada para ocorrer em dezembro deste ano (12/2025), tem como meta atrair investimentos internacionais para sistemas de armazenamento de energia. Tecnologia inédita no modelo brasileiro de contratação elétrica.
Silveira ressaltou que a licitação será “um passo histórico rumo a uma matriz mais limpa, segura e inovadora”, reforçando que o Brasil se prepara para integrar baterias BESS (Battery Energy Storage System) ao Sistema Interligado Nacional (SIN). O mecanismo permitirá maior estabilidade e integração de fontes renováveis, como solar e eólica, ao sistema elétrico.
Como funcionará o leilão de baterias do MME
O Leilão de baterias do MME será realizado dentro do LRCAP (Leilão de Reserva de Capacidade). Trata-se de um mecanismo que garante potência elétrica disponível para o sistema nacional. Nesta edição, pela primeira vez, o armazenamento em baterias será incluído como produto específico, marcando um divisor de águas na política energética brasileira.
Na prática, o modelo permitirá que empresas vencedoras forneçam capacidade de energia sob demanda, utilizando baterias de grande escala capazes de armazenar eletricidade gerada por fontes solar e eólica. Essa integração ajudará a equilibrar a oferta em períodos de menor produção, reduzindo a necessidade de termelétricas e ampliando a eficiência da rede elétrica.
De acordo com o MME, a medida faz parte da agenda de modernização do setor elétrico, voltada à transição energética e ao incentivo de inovações tecnológicas em geração e distribuição.
Empresas chinesas miram o leilão de baterias do MME
Durante os encontros bilaterais, empresas como Huawei Digital Power, BYD, CATL, Envision, Sungrow, HyperStrong e Hithium Energy Storage apresentaram propostas de cooperação tecnológica e modelos de redes inteligentes.
Segundo o ministro, “a atração de investimentos para o leilão de baterias é estratégica para o futuro do setor, abrindo espaço para inovação, empregos e mais segurança energética.”
A Ásia, especialmente a China, é hoje o maior polo de produção de baterias de íon-lítio e de tecnologias de armazenamento de energia. O governo brasileiro vê nessa aproximação uma oportunidade para transferência tecnológica e industrialização verde, capaz de fortalecer o parque produtivo nacional.
Brasil amplia cooperação energética com países asiáticos
A comitiva do governo, liderada pelo presidente Lula buscou consolidar o Brasil como parceiro estratégico em energias renováveis e industrialização verde. As tratativas na Ásia se alinham à meta de atrair investimentos sustentáveis e fortalecer cadeias globais de tecnologia limpa. Por ventura, ampliando a competitividade do país no cenário energético mundial.
Portanto, a aproximação com empresas asiáticas do setor energético representa uma oportunidade para transferência tecnológica e produção local de equipamentos. Logo, reduzindo custos e estimulando a geração de empregos no setor, especialmente com a realização do leilão de baterias do MME.
Rumo a uma nova matriz energética nacional
O leilão de baterias do MME é apontado pelo governo como um dos pilares da transição energética brasileira. Um caminho essencial para uma economia de baixo carbono e para a segurança do abastecimento elétrico. Portanto, a expectativa é que o projeto contribua para a COP30, prevista para 2025. Assim, consolidando o Brasil como referência global em energia limpa e armazenamento sustentável.
A iniciativa também reforça o compromisso do país com uma transição justa e soberana, baseada em inovação tecnológica e industrialização verde. Além disso, prepara terreno para o futuro do sistema elétrico e para uma inserção mais robusta do Brasil nas cadeias internacionais de energia.









