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Gado rastreado: JBS busca monitorar 100% dos rebanhos de fornecedores indiretos

A JBS anunciou durante a COP30 que pretende tornar 100% do rebanho bovino brasileiro gado rastreável, em alinhamento ao plano do governo para conter o desmatamento e fortalecer a transparência na cadeia da carne. Segundo o CEO Gilberto Tomazoni, a meta exige incluir pequenos produtores e ampliar o acesso a crédito verde, criando uma “transição justa”. A empresa, que já monitora fornecedores diretos há 15 anos, registrou aumento de 120% na produção de carne com 20% menos área utilizada, e aposta na rastreabilidade total como eixo de eficiência produtiva e vantagem competitiva global.
Gado rastreável no Brasil representa meta da JBS por pecuária sustentável e produtiva
A JBS quer tornar 100% do rebanho brasileiro gado rastreável, aliando controle ambiental, eficiência produtiva e apoio a pequenos pecuaristas para conter o desmatamento. (Imagem: Wikimedia)

O Grupo JBS anunciou que pretende tornar todo o rebanho brasileiro gado rastreado, fortalecendo a política nacional de rastreabilidade bovina. O anúncio ocorreu nesta terça-feira (04/11), no evento Bloomberg Green na COP30, em São Paulo (SP). A proposta está alinhada ao plano do governo federal de controle ambiental e combate ao desmatamento, um dos pilares das políticas brasileiras apresentadas na conferência climática.

Segundo o CEO Gilberto Tomazoni, o sistema de rastreabilidade é “um caminho sem volta” e parte da meta de garantir origem sustentável em 100% das compras de gado. A empresa monitora seus fornecedores diretos há 15 anos, impedindo a entrada de bois oriundos de áreas desmatadas ilegalmente. Por isso, o desafio agora está nos fornecedores indiretos, que reúnem pequenos pecuaristas sem acesso a crédito ou tecnologia.

Gado rastreado e produtividade em alta

A meta de rastrear todo o rebanho vem acompanhada de forte avanço em eficiência produtiva. Segundo o CEO, a companhia produz hoje 120% mais carne utilizando 20% menos área do que há 15 anos. Esse ganho resulta da adoção de tecnologias de manejo, nutrição animal e integração lavoura-pecuária, práticas que permitem elevar a produção sem expandir pastagens.

Tomazoni destacou que o Brasil “ainda tem enorme espaço para melhorar”, porque os Estados Unidos produzem mais carne com metade do número de cabeças de gado. Para o executivo, a combinação entre gado rastreado e aumento de produtividade é o eixo que pode reposicionar o país como referência mundial em proteína sustentável.

Leia também: Quem é Wesley Batista Filho, o herdeiro da JBS preparado para o topo

Financiamento verde e inclusão de pequenos produtores

A JBS defende que a rastreabilidade total só será viável se houver apoio financeiro aos pequenos produtores, responsáveis por parte significativa do fornecimento indireto. Por isso, Tomazoni afirmou que a companhia está convidando instituições financeiras a participarem da estruturação de crédito verde e programas de capacitação técnica. O modelo de gado rastreado, segundo ele, precisa contemplar quem está na base da cadeia.

Queremos uma transição justa, com oportunidades para o pequeno produtor fazer parte desse novo ciclo do agronegócio sustentável”, reforçou.

Chip para rastrear gado; novo modelo de pecuária sustentável

Com a meta de 100% do gado rastreado, a JBS aposta na rastreabilidade total para atender às exigências de mercados internacionais, especialmente União Europeia e Ásia, que demandam comprovação de origem e práticas livres de desmatamento. Além disso, o anúncio estratégico próximo ao início da COP30 dá grande visibilidade ao tema próximo às discussões internacionais que ocorrerão em Belém do Pará.

Na avaliação de analistas, o projeto pode redefinir o padrão da pecuária brasileira, unindo produtividade e preservação ambiental. Assim, ao alinhar tecnologia, eficiência e transparência, a medida pode ajudar a consolidar o Brasil como potência global em carne de baixo impacto ambiental, transformando o rastreamento em um ativo de valor competitivo no comércio internacional.

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