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Amazon processa Perplexity e acirra disputa sobre uso de IA em compras online

A disputa judicial entre Amazon e Perplexity está prestes a redefinir as regras do comércio eletrônico. A gigante do varejo processou a startup, acusando-a de usar inteligência artificial para realizar compras em seu site sem autorização. Enquanto a Amazon busca proteger seu ecossistema, a Perplexity defende o direito dos usuários de delegar tarefas a agentes digitais. O resultado desse embate pode impactar a forma como interagimos com plataformas de varejo, levantando questões sobre inovação, privacidade e controle corporativo. Descubra como essa batalha pode moldar o futuro da navegação digital e das compras online.
Amazon processa Perplexity em disputa sobre uso de IA autônoma
Amazon processa Perplexity por uso de IA que faz compras automáticas. (Foto: Reprodução / Perplexity)

A Amazon processou a Perplexity, em pedido feito no Tribunal Distrital do Norte da Califórnia, nesta semana, acusando a startup de usar agentes de inteligência artificial para realizar compras em seu site sem identificação clara. A varejista considera que a prática configura fraude eletrônica, já que o navegador Comet, da Perplexity, executaria pedidos de forma automática, burlando os termos de uso da plataforma. O caso promete inaugurar um precedente importante sobre o papel de IAs autônomas em transações comerciais digitais.

A reação da Amazon segue uma série de alertas feitos desde 2024, quando a empresa exigiu que a Perplexity interrompesse o uso de robôs em sua plataforma. A gigante do varejo reforçou em documento que “usar código em vez de ferramentas para quebrar a segurança não torna a prática menos ilegal”. Segundo fontes próximas ao processo, o Comet simulava a atividade de consumidores humanos para acessar páginas e realizar pedidos. Algo vedado pelas políticas internas do site da Amazon.

Disputa judicial entre Amazon e Perplexity levanta conversa sobre inovação

O embate expõe a fronteira entre plataformas fechadas e sistemas de IA autônoma. Enquanto a Amazon tenta controlar quem opera dentro do seu ecossistema, a Perplexity defende o direito do usuário de delegar tarefas a agentes digitais.

Em resposta pública, a startup afirmou que a ação “prova que a Amazon pratica bullying e tenta bloquear a inovação”.

Aravind Srinivas, CEO da empresa, declarou que a tecnologia de seu navegador Comet não coleta dados da Amazon nem utiliza informações para treinar modelos próprios.

Além do conflito jurídico, a questão atinge o modelo de negócios do varejo online. A Amazon teme que agentes de IA eliminem etapas que sustentam sua publicidade e recomendações, pilares do faturamento digital. A empresa já havia atualizado seu arquivo robots.txt para restringir rastreadores automáticos.

Além disso, a Amazon recentemente lançou seus próprios sistemas inteligentes, como o assistente Rufus e a função Buy For Me, ambos capazes de efetuar compras mediante comando de voz ou texto.

Leia também: PayPal e OpenAI fecham parceria para pagamentos diretos dentro do ChatGPT

O que é o Comet, navegador com IA da Perplexity

Já atuando com um mecanismo de busca com IA, a Perplexity desenvolveu o Comet com um navegador que opera como agente de IA autônomo, capaz de executar tarefas online em nome do usuário. O sistema entende comandos em linguagem natural, como “compre um fone de ouvido”, e realiza automaticamente as etapas de busca e conclusão do pedido.

A proposta busca simplificar a experiência digital de forma autônoma, sendo justamente o motivo que levou a Amazon a processar a Perplexity. A varejista alega que o Comet acessou áreas restritas de sua plataforma sem autorização e violou políticas de segurança. Já a startup afirma que o recurso apenas cumpre instruções dos usuários, sem coletar dados nem explorar vulnerabilidades.

Assista ao vídeo abaixo e conheça mais sobre o navegador com IA Comet.

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Impacto no uso de agentes de IA

Especialistas avaliam que o caso Amazon versus Perplexity pode redesenhar as regras do comércio eletrônico. Se a Amazon vencer, agentes independentes como o Comet poderão ser proibidos de interagir com sites de varejo sem autorização expressa. Caso contrário, abre-se espaço para uma nova geração de assistentes capazes de executar tarefas completas de consumo, do pedido ao pagamento, de forma totalmente automatizada.

A Perplexity, avaliada em cerca de US$ 18 bilhões, aposta nesse modelo como a evolução natural da navegação digital. Já a Amazon busca preservar a segurança e a experiência controlada de compra. Para analistas, o resultado do processo definirá até onde a IA pode ir em ambientes privados de comércio.

Enquanto isso, a própria Amazon já fecha parcerias com outras empresas de AI, como a OpenAI. O que levanta exclamações sobre até onde vai a resistência da gigante em termos de inteligência artificial.

Amazon processa Perplexity e dá rumo a uma nova ética digital

Seja qual for a decisão, no caso da Amazon processar a Perplexity revela o choque entre inovação tecnológica e controle corporativo. A autonomia crescente das IAs pressiona os limites da legislação sobre privacidade, segurança e concorrência.

No centro dessa disputa está a pergunta que deve guiar o futuro do varejo digital: quem detém o direito de atuar em nome do consumidor, as grandes plataformas ou os agentes inteligentes criados fora delas?

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