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Lucro da Suzano no 3T25 cai 61%, mas geração de caixa segue robusta

A Suzano registrou lucro líquido de R$ 1,96 bilhão no 3T25, queda de 61% ante o trimestre anterior, pressionada pela queda dos preços da celulose e valorização do real. Apesar disso, a companhia manteve forte geração de caixa, de R$ 3,4 bilhões, apoiada na eficiência industrial e em custos de produção no menor patamar histórico.
lucro da Suzano no 3T25
Lucro da Suzano no 3T25 recuou frente à queda global da celulose, mas a empresa manteve geração de caixa elevada e custo caixa em nível recorde de eficiência. (Imagem: Suzano)

O lucro da Suzano (SUZB3) no 3T25 totalizou R$ 1,96 bilhão, queda de 61% em relação ao trimestre anterior (2T25), em meio à desvalorização dos preços internacionais da celulose e à valorização do real. Apesar da retração, a empresa manteve sólida geração de caixa operacional, de R$ 3,4 bilhões, sustentada por forte eficiência industrial e controle de custos.

A receita líquida somou R$ 12,15 bilhões, leve queda de 1% frente ao mesmo período de 2024, refletindo o impacto cambial e a redução de 22% nos preços médios da celulose em dólar. Ainda assim, o volume vendido de 3,165 milhões de toneladas, alta de 20% na comparação anual, ajudou a mitigar parte das perdas de rentabilidade.

Principais números do resultado da Suzano no 3T25:

  • Lucro líquido: R$ 1,96 bilhão (-61% vs 2T25; -39% vs 3T24)
  • Receita líquida: R$ 12,15 bilhões (-9% t/t; -1% a/a)
  • EBITDA ajustado: R$ 5,2 bilhões (-15% t/t; -20% a/a)
  • Margem EBITDA: 43% (vs 46% no 2T25)
  • Geração de caixa operacional: R$ 3,4 bilhões (-22% a/a)
  • Custo caixa da celulose: R$ 801/t (-7% a/a, menor patamar histórico)
  • Preço médio líquido de celulose: US$ 524/t (-22% a/a)
  • Vendas de celulose: 3,165 milhões t (+20% a/a)
  • Dívida líquida: R$ 69,1 bilhões; alavancagem de 3,3x em dólar
  • Free Cash Flow Yield: 18,1%; ROIC: 12%

Custos menores e operações eficientes compensam cenário de preços baixos

O desempenho da Suzano no trimestre foi marcado pela queda de 7% no custo caixa da celulose, para R$ 801 por tonelada. Trata-se, portanto, do menor nível já registrado pela companhia. A redução decorre do menor custo da madeira, maior eficiência logística e queda dos preços de insumos como soda cáustica e gás natural.

O EBITDA ajustado atingiu R$ 5,2 bilhões, queda de 15% em relação ao trimestre anterior, com margem de 43%. Enquanto isso, no segmento de papel, o resultado foi positivo: o EBITDA subiu 4% frente ao 2T25, impulsionado pelo avanço das vendas e pela integração bem-sucedida da Suzano Packaging US, que registrou seu primeiro resultado operacional positivo.

Dívida controlada fortalece liquidez no balanço da Suzano no trimestre

Mesmo com a pressão sobre o lucro, a Suzano manteve uma posição financeira confortável no balanço para o terceiro trimestre. A dívida líquida ficou em R$ 69,1 bilhões, com alavancagem de 3,3x em dólar e liquidez imediata de R$ 30,7 bilhões, incluindo linhas de crédito disponíveis. Ao mesmo tempo, a gestão de riscos cambiais seguiu protegendo o caixa, com 64% da exposição em hedge, dentro da faixa de R$ 5,64 a R$ 6,54 por dólar.

O trimestre também marcou o alongamento do prazo médio da dívida para 80 meses, sem aumento no custo total, que permaneceu em 5% ao ano. Além disso, parte da dívida, cerca de 40%, segue vinculada a instrumentos ESG, alinhando a estratégia financeira da companhia aos compromissos de sustentabilidade.

Expectativas para os próximos trimestres

Apesar da retração no lucro da Suzano no 3T25, a empresa reforça seu foco em eficiência operacional e disciplina financeira. Além disso, a empresa conta com a nova parceria com a Kimberly Clark para alavancar negócios no cenário global. Com o mercado global de celulose mostrando sinais de recuperação gradual, a expectativa é de estabilização de preços nos próximos meses.

Assim, a estratégia de diversificação geográfica e o avanço em projetos como as fábricas de Aracruz e Ribas do Rio Pardo, como discutido no release completo de resultados, devem manter a companhia bem posicionada para capturar ganhos de produtividade e margens mais favoráveis em 2026.

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