O Fundo Florestas Tropicais Para Sempre (TFFF) atingiu US$ 5,5 bilhões em compromissos confirmados nesta quinta-feira (06/11), com aportes de Noruega, Indonésia, França e Brasil. Lançada durante a Cúpula de Líderes em Belém, a iniciativa cria um modelo global de financiamento verde que remunera países que preservam suas florestas tropicais. O mecanismo busca transformar a conservação em ativo econômico e, ademais, consolidar o Brasil como referência mundial em políticas climáticas.
Sob gestão do Banco Mundial, o fundo combina recursos públicos e privados em uma estrutura de investimento sustentável. O lucro das aplicações de renda fixa será direcionado à remuneração de países que mantêm florestas intactas. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, 20% dos recursos irão a comunidades locais e povos indígenas. Ademais, o modelo também veta qualquer investimento em combustíveis fósseis, reforçando seu compromisso com a economia verde.
Fundo Florestas Tropicais fortalece diplomacia ambiental do Brasil
A consolidação do Fundo Florestas Tropicais amplia a influência do país na governança climática internacional. Desde a retomada do Fundo Amazônia, o Brasil tem articulado instrumentos que unem retorno financeiro e conservação ambiental.
A ministra Marina Silva afirmou que o novo fundo já alcançou metade da meta prevista para o primeiro ano. “Tanto recursos públicos quanto privados terão retorno, e o mais importante é que esse retorno também proteja as florestas”, declarou.
A Noruega lidera os aportes ao fundo global de florestas, com US$ 3 bilhões a serem aplicados em dez anos. O primeiro-ministro Jonas Gahr Støre destacou que o mecanismo “pode oferecer financiamento estável e de longo prazo aos países que protegem florestas”. Além disso, o Brasil e a Indonésia investiram US$ 1 bilhão cada, enquanto a França confirmou US$ 500 milhões. A Alemanha deve formalizar participação em breve, fortalecendo o bloco de apoio europeu ao projeto.
Saiba mais sobre as contribuições:
Avanço do financiamento verde
O formato do fundo climático tropical inova ao atrelar retorno econômico à preservação ambiental, ampliando a previsibilidade dos investimentos. Especialistas apontam que o modelo poderá inspirar novas ferramentas de financiamento sustentável e apoiar o cumprimento das metas do Acordo de Paris. Desse modo, para o governo brasileiro, o fundo consolida uma diplomacia ambiental que equilibra cooperação, tecnologia e fluxo financeiro internacional.
Novas perspectivas para o financiamento
A consolidação do Fundo Florestas Tropicais reforça a imagem do Brasil como mediador entre Norte e Sul nas negociações climáticas. Assim, ao unir cooperação internacional e mecanismos de mercado, o país transforma a proteção florestal em exemplo de prosperidade sustentável. Essa combinação, assim, tende a redefinir o papel das florestas tropicais na economia global e a consolidar o Brasil como ator central da COP30.










