O crescimento econômico do Brasil deve permanecer estável em 2025, de acordo com o novo Boletim Focus, publicado pelo Banco Central. A pesquisa semanal com instituições financeiras manteve a projeção de alta de 2,16% no PIB, enquanto a inflação oficial (IPCA) deve encerrar o ano em 4,55%.
O cenário reflete a combinação de desaceleração da economia e política monetária restritiva, que mantém a taxa básica de juros (Selic) em 15% ao ano. O relatório completo pode ser consultado no site oficial do Banco Central do Brasil.
Crescimento econômico do Brasil segue moderado
O crescimento econômico do Brasil continua sustentado pelo desempenho do setor de serviços e da indústria. No segundo trimestre de 2025, o PIB avançou 0,4%, após um crescimento de 3,4% em 2024 — o quarto ano seguido de expansão. Para 2026, a projeção é de 1,78%, indicando ritmo mais moderado de recuperação.
Economistas avaliam que, apesar do avanço contínuo, o país enfrenta desafios estruturais, como produtividade baixa e alto custo do crédito. Parte do mercado espera nova redução gradual da Selic a partir de 2026, caso a inflação mostre desaceleração consistente.
Inflação e juros mantêm pressão sobre o crescimento da economia
A previsão para o IPCA de 4,55% coloca o índice no teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 3% com tolerância de 1,5 ponto percentual. Mesmo com a atividade em desaceleração, o Banco Central vê o risco inflacionário persistir, o que justifica juros altos por mais tempo.
A estimativa é que a Selic encerre 2025 em 15%, caindo para 12,25% em 2026 e 10,5% em 2027. O dólar deve fechar o ano em R$ 5,41, com leve alta projetada para R$ 5,50 em 2026.
Desafios e oportunidades para investidores
O cenário de crescimento econômico do Brasil com inflação controlada, porém acima da meta, gera um ambiente de cautela para investidores. Analistas destacam oportunidades seletivas em títulos indexados à inflação e em setores exportadores, que se beneficiam de um câmbio mais alto.
Diante desse cenário de crescimento moderado e inflação persistente, empresas devem adotar estratégias de adaptação: controle de custos, hedge cambial, revisão de investimentos e atenção ao crédito. Para investidores, o ambiente configura oportunidades seletivas em renda fixa indexada, inflação e setores exportadores. A comunicação do Banco Central reforça que não há margem para complacência.










