A Fórmula 1 em São Paulo alcançou um novo patamar em 2025 e gerou mais de R$ 2 bilhões em receitas para a cidade, movimentando setores como turismo, transporte, hospedagem e alimentação. Ao longo dos três dias do Grande Prêmio, mais de 303 mil pessoas passaram pelo autódromo de Interlagos — um crescimento de 4% em relação a 2024 e o maior público da história do circuito.
O resultado reflete o sucesso de reformas estruturais que modernizaram áreas de acesso, camarotes e arquibancadas, além da ampliação do hospitality center, agora com capacidade para 6 mil pessoas. De acordo com o site oficial da Prefeitura de São Paulo, o investimento total em Interlagos, incluindo obras de infraestrutura e saneamento, foi de cerca de R$ 500 milhões. A meta é consolidar o circuito como referência global, atendendo exigências da FIA e atraindo novas categorias internacionais.
Turismo e pequenos negócios impulsionam o impacto econômico da Fórmula 1
O efeito positivo da Fórmula 1 em São Paulo vai muito além das arquibancadas. O setor de turismo registrou ocupação hoteleira próxima de 95%, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH). Restaurantes, bares e transportes por aplicativo também sentiram o aumento no fluxo de visitantes, especialmente na Zona Sul da capital.
Mas o maior destaque foi para os trabalhadores autônomos e empreendedores locais: 50% dos profissionais autônomos da cidade se planejaram para lucrar durante o fim de semana do GP — número que chega a 62% na região de Interlagos. Para muitos, o ganho extra ultrapassou R$ 4 mil apenas entre sexta e domingo.
Além disso, 55% dos autônomos paulistanos já costumam aproveitar grandes eventos esportivos para aumentar o faturamento, enquanto 29% pretendem fazê-lo no futuro. O setor de alimentação e gastronomia liderou as oportunidades, impulsionado pelo grande fluxo de torcedores e turistas.
Audiência recorde reforça visibilidade e investimentos
O sucesso do impacto econômico da Fórmula 1 em São Paulo também se refletiu na audiência televisiva. A transmissão do GP pela TV Bandeirantes marcou 5 pontos de média, com picos de 6 pontos, segundo dados prévios do Kantar Ibope Media. O desempenho foi suficiente para superar a Record e encostar no SBT, ficando atrás apenas da Globo. Dentro da pista, o britânico Lando Norris, da McLaren, conquistou a vitória e consolidou a melhor temporada de sua carreira. Já o brasileiro Gabriel Bortoletto emocionou o público com uma participação vibrante, ainda que marcada por dois acidentes.
O evento segue sendo uma vitrine global para São Paulo, com cobertura em mais de 180 países e ativações de marcas de peso, como Heineken, Santander e Lenovo, que reforçaram o potencial de marketing esportivo da cidade. Além disso, o GP de São Paulo é considerado o evento de maior retorno comercial do calendário da Fórmula 1 na América Latina, conforme dados da Agência Reuters.
Sustentabilidade e legado urbano da Fórmula 1 em São Paulo
Em 2025, a organização do GP investiu em ações de sustentabilidade e redução de emissões de carbono, incluindo a destinação de resíduos recicláveis e o uso de energia solar no paddock. A meta da Prefeitura é transformar o evento em referência de gestão ambiental no setor esportivo, alinhada ao programa SP Cidade Verde. Além disso, a corrida movimenta a cadeia de eventos corporativos e turismo internacional.
De acordo com o Observatório do Turismo de São Paulo, cada turista estrangeiro gasta, em média, US$ 1.200 durante a estadia. Somando-se os visitantes nacionais, o retorno financeiro estimado supera R$ 2,1 bilhões, consolidando o GP como um dos eventos mais lucrativos da América Latina.










