Conteúdo Patrocinado
Anúncio SST SESI

Venda de ativos da Raízen soma R$ 750 milhões e busca reforço de caixa

A venda de ativos da Raízen, totalizando R$ 750 milhões com a usina Continental, avança na reestruturação da empresa. Em resposta a pressões sobre margens, a companhia foca em fortalecer seu caixa e otimizar o portfólio. A Raízen também avança em negociações na Argentina para refino e distribuição de combustíveis. A estratégia de desinvestimentos pode moldar seu futuro no desafiador setor de energia e biocombustíveis, afetando o mercado e sua trajetória.
venda de ativos da Raízen inclui usina Continental e reforça caixa da empresa
Venda de ativos da Raízen inclui usina Continental, em Colômbia (SP), e integra plano de geração de caixa em meio a negociações também na Argentina. (Imagem: DIvulgação)


A venda de ativos da Raízen ganhou novo capítulo nesta segunda-feira (10/11). A companhia anunciou a negociação da usina Continental, em Colômbia (SP), para o Grupo Colorado, por R$ 750 milhões. Além disso, o valor será pago à vista após aprovação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). O acordo inclui a cessão da cana própria e dos contratos com fornecedores vinculados à unidade.

A operação ocorre em meio a uma agenda de desinvestimentos que já envolveu, em julho deste ano, a transferência de 55 unidades de geração distribuída para a Thopen Energia e o Grupo Gera, em um acordo de R$ 600 milhões. A transação, com conclusão prevista até março de 2026, encerra a joint venture criada entre a Raízen e o Grupo Gera em 2021.

Venda de ativos da Raízen e necessidade de liquidez

As ações RAIZ4 fecharam o pregão de hoje cotadas a R$ 0,87, alta de 3,57%, mas acumulam queda de -67,78% em 12 meses. Segundo analistas, o conjunto de operações indica uma busca por caixa e um esforço de ajuste em unidades de menor retorno.

A usina Continental, com capacidade de 2 milhões de toneladas por safra, será transferida integralmente. Após essa venda, a Raízen passará a operar 24 usinas, com capacidade total de 73 milhões de toneladas por safra.

“Essa transação está alinhada à estratégia da companhia de otimização de seu portfólio de ativos e melhoria da rentabilidade”, informou a Raízen em comunicado ao mercado.

Fontes do mercado avaliam que os desinvestimentos devem aliviar a pressão sobre o balanço e sustentar o capital de giro em um cenário de juros elevados e margens comprimidas no setor de energia e biocombustíveis.

Venda de ativos da Raízen avança também na Argentina

Além das operações no Brasil, a Raízen, controlada por Cosan e Shell, conduz um processo de venda de ativos na Argentina, que inclui parte das operações de refino e distribuição de combustíveis.

Entre os interessados estão as famílias Werthein e Sielecki, a Compañía General de Combustibles (CGC) — em consórcio com a trading holandesa Vitol —, além da americana RM Parks e da suíça Mercuria. As negociações seguem em fase inicial.

O processo faz parte do mesmo programa de racionalização de portfólio, voltado a gerar liquidez e reduzir exposição internacional. A empresa busca priorizar investimentos de maior retorno, especialmente nas áreas de biocombustíveis e energia renovável.

Raízen tenta recompor equilíbrio financeiro

A companhia enfrenta o desafio de recompor fluxo de caixa após ciclos de investimento em etanol 2G e infraestrutura de combustíveis. O ajuste de portfólio, segundo analistas, tem caráter emergencial e deve seguir até 2026, abrangendo unidades industriais e contratos de geração distribuída.

Com o avanço das alienações, a venda de ativos da Raízen já soma aproximadamente R$ 1,35 bilhão, considerando as transações no Brasil e as negociações em andamento no exterior. A expectativa é que o reforço de caixa alivie o endividamento e permita reavaliação da alocação de capital nos próximos trimestres.

Em janeiro deste ano, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um financiamento de R$ 1 bilhão para a construção de uma nova planta de etanol de segunda geração (E2G) da Raízen Energia S.A., localizada no município de Andradina (SP).

Reavaliação global e impacto sobre o mercado

A venda de ativos da Raízen reflete um cenário mais amplo de ajuste financeiro entre grandes companhias do setor energético. O desinvestimento simultâneo em usinas, energia distribuída e operações internacionais demonstra uma estratégia de curto prazo para preservar liquidez.

Enquanto o Cade analisa a venda da usina Continental, o mercado observa o andamento das tratativas na Argentina e o efeito acumulado dessas operações no resultado do segundo semestre. O desafio da Raízen será converter os desinvestimentos em estabilidade financeira e recuperação de confiança dos investidores.

FacebookInstagramLinkedIn
Acesse nossos canais
Siga nas Redes Sociais
Leia Também
Conteúdo Patrocinado Anúncio BS Cash
Conteúdo Patrocinado
Conteúdo Patrocinado Anúncio Grupo New
Conteúdo PatrocinadoAnúncio Prime Plus
Conteúdo Patrocinado M Dias Branco
Conteúdo Patrocinado Anúncio BS Cash
Conteúdo Patrocinado M Dias Branco
Conteúdo PatrocinadoAnúncio Prime Plus
Conteúdo Patrocinado Anúncio Grupo New
Conteúdo Patrocinado
Conteúdo Patrocinado Anúncio Grupo New
Conteúdo PatrocinadoAnúncio Prime Plus
Conteúdo Patrocinado M Dias Branco
Conteúdo Patrocinado
Conteúdo Patrocinado Anúncio BS Cash
Conteúdo PatrocinadoAnúncio Prime Plus
Conteúdo Patrocinado M Dias Branco
Conteúdo Patrocinado Anúncio BS Cash
Conteúdo Patrocinado
Conteúdo Patrocinado Anúncio Grupo New