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Fraude no INSS: PF prende ex-presidente em ação com 63 buscas e 10 prisões

A fraude no INSS ganhou nova atenção na agenda pública com a recente prisão do ex-presidente Alessandro Stefanutto, durante a Operação Sem Desconto. Entre 2019 e 2024, um esquema ilícito resultou em perdas estimadas em R$ 6,3 bilhões, impactando aposentados e pensionistas. A investigação revelou um método sistemático de cobranças indevidas, envolvendo a participação de 11 entidades. Ademais, figuras políticas, como o ex-ministro da Previdência, José Carlos Oliveira, também estão sendo investigadas. Conheça os potenciais impactos dessa operação na governança digital dos benefícios e as medidas que estão sendo implementadas para prevenir futuras fraudes.

A fraude no INSS ganhou novo peso nesta quinta-feira (13/11) com a Operação Sem Desconto, que executa 63 mandados de busca e apreensão e 10 prisões preventivas contra empresários e agentes públicos. Entre os alvos está o ex-presidente do instituto, Alessandro Stefanutto, detido pela Polícia Federal. A nova fase da operação foi autorizada pelo ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Confira no vídeo os detalhes sobre a prisão do ex-presidente do INSS na Operação Sem Desconto:

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As investigações revelaram um esquema para realizar descontos mensais indevidos sem autorização dos beneficiários, sempre sob a falsa alegação de associação a entidades privadas. Para reforçar a compreensão do leitor, os dados centrais da operação apontam:

  • Período investigado: 2019 a 2024
  • Prejuízo estimado: R$ 6,3 bilhões
  • Mandados de busca: 63
  • Mandados de prisão: 10
  • Entidades envolvidas: 11


Segundo a Polícia Federal, a nova fase da Operação Sem Desconto ocorre nos estados do Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe, Tocantins e no Distrito Federal.

Leia Também: PF prende empresário acusado na fraude do INSS; Ferrari e carro de Fórmula 1 entre bens apreendidos

Fraude no INSS e alvos da nova fase

A nova fase atinge também o campo político. Segundo apurou a TV Globo, o ex-ministro da Previdência, José Carlos Oliveira, que atuou no governo Jair Bolsonaro, foi alvo de mandados de busca e terá de usar tornozeleira eletrônica. O deputado federal Euclydes Pettersen Neto (Republicanos-MG) e o deputado estadual Edson Cunha de Araujo (PSB-MA) também receberam ordens de busca.

Conforme o inquérito, o núcleo operacional utilizava associações que prometiam supostos serviços, como auxílio jurídico e vantagens comerciais, para justificar os débitos aplicados nos benefícios.

“Essas entidades afirmavam prestar apoio aos aposentados, mas não possuíam estrutura real para cumprir o que anunciavam”, relatou o ministro da CGU, Vinícius de Carvalho, indicando fragilidades graves no uso do nome dessas organizações.

Leia Também: Fraudes em consignados do INSS chegam ao STF com nomes de parlamentares

Fraude no INSS e impacto para beneficiários

Segundo a Controladoria-Geral da União (CGU), 11 associações tiveram seus contratos suspensos, medida que buscou impedir a continuidade de cobranças indevidas. Esse ponto é essencial para o entendimento do caso, pois consolida a responsabilização administrativa paralelamente à investigação criminal.

Irregularidades previdenciárias e próximos desdobramentos

A PF ainda analisa fluxos financeiros e contratos que podem ampliar o entendimento sobre o modus operandi adotado, enquanto o Ministério da Previdência se prepara para novos ajustes de controle. A fraude no INSS segue no centro das atenções, agora com potencial para desencadear mudanças regulatórias e pressionar por soluções mais rígidas de supervisão.

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