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Crise da Hapvida leva a queda de 91,72% nas ações nos últimos anos

A Crise da Hapvida se intensificou após os pregões de 13 e 14 de novembro, resultando em uma queda impressionante de 91,72% nas ações da companhia desde 2020. Com um prejuízo de R$ 57 milhões no terceiro trimestre de 2025, as expectativas de recuperação foram drasticamente frustradas. A análise do BTG Pactual revela que os desafios financeiros e estruturais da empresa persistirão em 2025, enquanto a concorrência e a sinistralidade elevada pressionam ainda mais suas margens. Descubra como essa crise impactou o mercado e o que pode significar para o futuro da Hapvida.
Crise da Hapvida refletida na sede da operadora após forte desvalorização das ações na B3
Sede da Hapvida: empresa enfrenta crise após queda acumulada de 91,72% das ações em cinco anos. (Foto: Divulgação)

A Crise da Hapvida (HAPV3) ganhou outra dimensão após os últimos pregões dos dias 13/11 e 14/11. A forte reação do mercado expôs um desgaste que se acumulava há cinco anos. Desde 2020, a companhia perdeu 91,72% de valor na Bolsa, tornando a crise um dos episódios mais marcantes do setor. O tombo de 46,90% em um único dia não ocorreu por acaso. Ele refletiu sinais sucessivos enviados por bancos, gestores e analistas que monitoram valor de mercado, desempenho financeiro e riscos da operação.

A Hapvida perdeu quase R$ 7 bilhões em valor de mercado somente na quinta-feira.

Os números do terceiro trimestre de 2025 (3T25) intensificaram a crise da Hapvida. O prejuízo de R$ 57 milhões, frente à expectativa de R$ 253 milhões de lucro, desmontou a percepção de recuperação. O lucro ajustado de R$ 337,7 milhões não compensou a redução de 36% no Ebitda ajustado, enquanto o lucro por ação de R$ 0,22 ficou cerca de 60% abaixo das estimativas do Bloomberg.

Para o J.P. Morgan, esses resultados mostram como a crise da empresa é alimentada por crescimento modesto, tíquete abaixo do previsto e sinistralidade elevada, fatores que pressionam margem assistencial, comprometem fluxo de caixa e reforçam a deterioração operacional.

Crise da Hapvida e deterioração operacional

A leitura do BTG Pactual amplia a compreensão da crise da Hapvida. Para o banco, boa parte dos desafios atravessará 2025, já que novas unidades hospitalares elevaram custos antes de gerar retorno. O relatório cita dificuldades em ampliar carteira com preços sustentáveis, alta rotatividade de clientes e despesas administrativas crescentes, pontos que fragilizam previsibilidade e enfraquecem a tese de investimento. Assim, a derrocada da Hapvida não é apenas financeira, mas igualmente estrutural.

Confira no vídeo a visão do mercado após a derrocada das ações da Hapvida:

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Gestora diz que dificilmente irá recuperar investimento na Hapvida

Em agosto, a gestora Squadra, com 5,15% da companhia, afirmou em carta que cometeu “erros centrais” na avaliação da tese e que dificilmente recuperará o capital investido. O reconhecimento público funcionou como alerta para o mercado, reforçando que a crise da Hapvida vinha sendo subestimada por parte dos analistas. O episódio criou um ponto de inflexão entre os investidores institucionais, que revisaram projeções e parâmetros de risco.

Impacto no mercado financeiro com a desvalorização da Hapvida

Outros veículos especializados também ampliaram a leitura sobre a crise da Hapvida. O Bloomberg Línea também classificou o trimestre como repleto de “surpresas negativas”, destacando sinistralidade acima do previsto, expansão moderada da base e deterioração do caixa. Ao mesmo tempo, a concorrência intensificada pela Amil em regiões estratégicas adicionou mais pressão. Analistas vêm indicando que parte das aquisições da companhia ocorreu sem coordenação adequada, criando estruturas pesadas, de difícil integração, um ponto central para entender o colapso das ações da Hapvida.

Os efeitos imediatos da crise da Hapvida ficaram evidentes no comportamento das ações na B3, onde o volume financeiro e o número de negócios revelaram uma reação intensa dos investidores. O movimento refletiu tanto a capitulação de curto prazo quanto a tentativa da companhia de reforçar confiança por meio do aumento da participação acionária dos controladores.

Confira dados dos últimos fatos:

  • Volume negociado no dia da queda: R$ 1,36 bilhão
  • Média dos 30 dias anteriores: R$ 131,7 milhões
  • Número de negócios registrados: mais de 70 mil
  • Data da resposta dos controladores: 14/11
  • Participação da PPAR + família controladora antes: 37,1%
  • Participação após aumento: 41,4%
  • Variação das ações após o reforço: queda de -5,82%

Perspectiva ampliada sobre o colapso nas ações com a crise da Hapvida

O mercado observa que a empresa precisará recompor margens, reduzir sinistralidade, estabilizar o fluxo de caixa e apresentar um plano coerente para as unidades hospitalares. Só assim será possível reduzir a percepção de risco e amenizar as perdas da Hapvida acumuladas desde 2020. Até que avanços tangíveis surjam, a crise da Hapvida continuará no radar dos investidores. Indicadores oficiais podem ser acompanhados na Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), órgão responsável pela regulação do setor. A hipótese de uma intervenção existe no arcabouço regulatório, mas é considerada pouco provável no cenário atual.

A crise da Hapvida traduz não apenas um trimestre frustrante para os investidores, mas o esgotamento de uma tese construída sobre planejamentos que não se materializaram, margens pressionadas e decisões estratégicas difíceis de integrar.

Acesse os dados financeiros da Hapvida AQUI!

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