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Riscos em mercados emergentes crescem com moedas caras e estresse em IA

Os riscos em mercados emergentes estão crescendo, impulsionados por moedas caras e pressões sobre ações de inteligência artificial. Gestoras alertam para distorções entre preços e fundamentos, especialmente em divisas latino-americanas. O real brasileiro destaca-se pela busca por proteção cambial. A instabilidade nas bolsas asiáticas e a complacência dos investidores aumentam a necessidade de cautela. Entenda como esses fatores podem impactar suas decisões de investimento nos próximos meses.
Riscos em mercados emergentes representados por manchete em inglês sobre risco nos países emergentes.
O real brasileiro aparece como um dos casos mais claros entre os riscos em mercados emergentes. (Imagem: Ilustrativa)

A discussão sobre os riscos em mercados emergentes ganhou intensidade após gestoras globais indicarem que várias posições já superam o nível amparado pelos fundamentos. Esse excesso aparece com mais clareza em moedas latino-americanas e em ações ligadas à inteligência artificial (IA) na Ásia. Os alertas, divulgados rencentes, reforçam uma leitura mais cautelosa do cenário. Há percepção crescente de que preços e avaliações perderam alinhamento com o ambiente macroeconômico regional.

A Wells Fargo Securities observou que divisas que se destacaram no “carry trade”, entre elas o real brasileiro, apresentam distorções crescentes entre preço e fundamentos. Conforme publicado pelo Bloomberg, esse diagnóstico surge num ambiente de apetite elevado por risco, apesar da fragilidade estrutural em várias economias. A Fidelity International também avaliou que mercados africanos menos líquidos, como Egito, Costa do Marfim e Gana, exibem vulnerabilidade clara em cenários de volatilidade global, intensificando os riscos em mercados emergentes.

Riscos em mercados emergentes da tecnologia

A pressão mais recente recaiu sobre ações tecnológicas asiáticas. A Lazard Asset Management registrou, no início de novembro, a queda mais intensa desde abril entre empresas ligadas à IA, movimento que expôs fragilidades presentes no setor.

Moeda brasileira na linha de riscos dos países emergentes

Em Seul, o Kospi, com alta acumulada próxima de 70% em 2025, sofreu recuo intradiário relevante. Para Charu Chanana, da Saxo Markets, o posicionamento comprimido no segmento de memória de IA amplia os riscos em mercados emergentes pela via das bolsas asiáticas.

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O real brasileiro tornou-se um caso emblemático dentro dos riscos em mercados emergentes. As reversões de risco de três meses atingiram o maior nível em quatro anos, apontando aumento na busca por proteção cambial. Segundo Álvaro Vivanco, da TJM FX, a moeda representa uma operação bem-sucedida no passado, mas hoje saturada, especialmente pela reincidência das preocupações fiscais. Gestoras internacionais também mencionam pesos do Chile, México e Colômbia com avaliações esticadas.

Leitura das gestoras sobre o riscos

A economista Brendan McKenna, da Wells Fargo, avaliou que investidores exibem complacência excessiva diante dos desafios estruturais. Anthony Kettle, da RBC BlueBay, afirmou que o período de realização de lucros até o fim do ano tende a elevar a oscilação geral dos ativos. Para Rohit Chopra, da Lazard, o desempenho recente de empresas de menor qualidade acima das de maior qualidade contraria padrões históricos, o que reforça os riscos em mercados emergentes em um contexto de preços desalinhados.

Entenda no vídeo como a crise do crédito global pode atingir os mercados emergentes:

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Instabilidade ampliada nos riscos dos emergentes

Autoridades monetárias e fundos globais devem acompanhar o tema de perto, como tem ocorrido nas últimas comunicações públicas das instituições citadas.

O acúmulo de sinais sobre os riscos em mercados emergentes, que vai de moedas caras à baixa liquidez em fronteira, indica ajustes possíveis nas carteiras nas próximas semanas. Além disso, a combinação entre fundamentos frágeis, preços elevados e sensibilidade aos choques externos cria um ambiente mais complexo. Por isso, investidores expostos a operações alavancadas ou concentradas em divisas e tecnologia enfrentam um cenário que exige atenção redobrada.

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