São Paulo consolidou em novembro um salto no preço do metro quadrado, alcançando US$ 2.578 e registrando alta de 13,2% no semestre. O avanço colocou a capital paulista na sexta colocação entre as cidades mais caras da América Latina, conforme estudo do Centro de Pesquisa em Finanças (CIF) da Universidade Torcuato Di Tella em parceria com a Imovelweb. O levantamento comparou anúncios residenciais de padrão médio-alto em 12 cidades da região.
O crescimento superou a média latino-americana, que ficou em 6,2% no período. Além disso, a variação fez São Paulo se aproximar de mercados tradicionais como Buenos Aires e Guadalajara. Apesar de liderar o ranking absoluto, Montevidéu apresentou recuo na comparação semestral. Essa combinação reforça diferenças entre capitais que seguem em valorização e outras que enfrentam ajustes de preço.
Preço do metro quadrado de São Paulo em comparação na America Latina
De acordo com o relatório, o preço do metro quadrado em São Paulo fez a cidade ganhar espaço no ranking ao registrar o segundo maior avanço nominal entre todas as cidades analisadas. Acima de São Paulo o ranking por custo do metro quadrado divulgado segue dessa forma:
- Montevidéu: manteve o topo da lista com US$ 3.209/m²,
- Cidade do México: com valor de US$ 2.909/m²,
- Monterrey: com US$ 2.787/m²,
- Guadalajara: com valor estimado de US$ 2.717/m²; e
- Buenos Aires: US$ 2.622/m².
Enquanto isso, Rio de Janeiro apresentou elevação de 9,5% no semestre. Já Montevidéu e Quito registraram retração, mostrando que a disparidade entre mercados permanece significativa. Essa diferença ajuda a explicar por que a região exibe trajetórias menos alinhadas, ainda que a média geral aponte para cenário de valorização.
Valor do metro quadrado em SP e a dinâmica brasileira no estudo
O relatório também mostra que o Brasil ocupa posição relevante na análise regional. São Paulo e Rio de Janeiro aparecem entre os mercados com maior velocidade de valorização, impulsionando o peso do país no comparativo latino-americano. A capital paulista se destacou pela intensidade da alta, enquanto o Rio manteve crescimento consistente.
Conforme a análise, a escala populacional das capitais brasileiras e a oferta limitada de imóveis em bairros de padrão médio-alto pressionam o valor anunciado. Esse fator reforça a percepção de que o setor imobiliário do país segue competitivo em comparação a outras grandes cidades da América Latina. Algo que, apesar dos pesares, justifica o alto valor no preço do metro quadrado mostrado em São Paulo.
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Panorama ampliado do valor dos imóveis
Esse panorama mais amplo, associado à escalada do preço do metro quadrado em São Paulo, indica que as grandes capitais latino-americanas passam por ajustes distintos diante de contextos econômicos próprios. Embora São Paulo tenha se afastado das cidades mais baratas, como Quito e Rosário, ainda observa espaço para novos movimentos conforme a demanda local e a concorrência regional evoluem.
De toda forma, a continuidade desse ciclo dependerá do comportamento dos mercados internos e da estabilidade macroeconômica das principais economias latino-americanas, fatores que devem moldar os próximos meses do setor.











