O mercado de marketplace no Brasil recebeu uma novidade nesta terça-feira (18/11). Americanas e Magazine Luiza anunciaram a integração de 50 lojas físicas da Americanas ao marketplace do Magalu. O acordo foi firmado em meio à recuperação judicial da Americanas e à reestruturação digital do Magalu. Com isso, a disputa por tráfego, entrega rápida e eficiência logística é redesenhada diante de Mercado Livre, Shopee e Amazon.
A principal mudança está no uso da rede física, que ganha novo papel dentro do Mercado de marketplace no Brasil. As lojas da Americanas deixam de atuar apenas como pontos de venda e passam a funcionar como “hubs urbanos” para o Magalu. Na prática, os produtos vendidos no marketplace serão separados no estoque da loja mais próxima do cliente, reduzindo distâncias, acelerando prazos e ampliando a capilaridade em 15 capitais. O modelo ship from store dá alcance ao Magalu sem novos centros de distribuição e cria uma nova forma de monetização para a Americanas.
A parceria também altera a forma como consumidores terão acesso ao portfólio das duas companhias dentro do mercado digital brasileiro. A lógica operacional fica clara quando as empresas detalham o que muda:
- Produtos da Americanas passam a aparecer no site do Magalu, e o movimento inverso ocorrerá nas próximas semanas.
- Americanas reforça itens de giro rápido: alimentos, higiene, limpeza e utilidades domésticas.
- Magalu fortalece categorias de maior tíquete: linha branca, áudio e vídeo, telefonia, móveis e portáteis.
- Integração total prevista até dezembro, com todas as lojas conectadas aos marketplaces das duas marcas.
A parceria também altera a forma como consumidores terão acesso ao portfólio das duas companhias dentro do mercado digital brasileiro e reforça seu papel no Mercado de marketplace no Brasil.
Mercado de marketplace no Brasil e a nova lógica competitiva
Essa aproximação traduz uma mudança estrutural no ecossistema de marketplaces no país e reposiciona o mercado no Brasil diante das plataformas globais. A pressão das empresas globais tornou a logística o principal diferencial competitivo e elevou os custos de aquisição de clientes. Diante desse cenário, varejistas nacionais passaram a dividir infraestrutura para manter escala para combater o avanço da Amazon e Mercado Livre.
Leia Também: Parceria Casas Bahia e Mercado Livre impulsiona ações da varejista em 18%
O modelo ship from store, ao despachar direto da loja mais próxima, reduz custos e acelera prazos, fator decisivo em um mercado dominado por prazos agressivos e margens curtas.
Resultados financeiros da Americanas e Magalu no 3T25
Os resultados do terceiro trimestre explicam por que a aliança ganhou urgência e passou a ser tratada como peça central na estratégia das duas varejistas:
- Americanas registrou queda de 96,4% no lucro do 3T.
- Magalu teve recuo de 17,4% no lucro no mesmo período.
- As empresas atuam em frentes distintas: Americanas em itens de baixo tíquete; Magalu em bens duráveis.
- A complementaridade melhora sortimento, amplia conversão e reforça a posição das duas no varejo digital, hoje dominado por plataformas internacionais.
A complementaridade melhora sortimento e reforça a posição das duas no Mercado de marketplace no Brasil, hoje dominado por plataformas internacionais.
Competição ampliada no ecossistema digital do mercado de marketplace no Brasil
A integração total prevista para dezembro será o primeiro teste para medir eficiência logística, impacto comercial e potencial de recuperação de ambas as companhias. Se o modelo entregar consistência, poderá consolidar uma nova fase no setor de marketplaces no país, com efeitos diretos sobre preços, entregas e comportamento de consumo.
A reconfiguração do mercado de marketplace no Brasil indica que empresas nacionais estão alinhando operações para reduzir custos, acelerar entregas e depender menos de tráfego pago.
