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Presidente do BRB afastado após prisão de Daniel Vorcaro do Banco Master

O presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, foi afastado por 60 dias após uma decisão judicial em meio a investigações sobre o Banco Master. A Polícia Federal prendeu o presidente do Master e diretores da instituição, enquanto o Banco Central decretou a liquidação extrajudicial do banco. Essa situação levanta questões sobre governança e compliance, especialmente após a rejeição de um acordo de aquisição que poderia ter mudado o cenário financeiro. O afastamento do presidente gera incertezas internas e pode impactar a percepção do mercado sobre a transparência e rigor regulatório em operações financeiras complexas.
presidente do BRB Paulo Henrique Costa afastado após operação da PF
Presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, é afastado por 60 dias após operação da PF e liquidação do Banco Master pelo Banco Central. (Imagem: Divulgação)

O presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, foi afastado por decisão judicial nesta terça-feira (18/11), em meio ao avanço das investigações sobre operações relacionadas ao Banco Master. A medida, válida por 60 dias, ocorre no mesmo dia em que a Polícia Federal prendeu Daniel Vorcaro, presidente do Master, além de quatro diretores da instituição, na noite da terça-feira (17/11). Horas depois, o Banco Central (BC) decretou a liquidação extrajudicial do Master, encerrando imediatamente qualquer tratativa de venda em curso.

O governo do Distrito Federal (GDF) confirmou que Paulo Henrique Costa está nos Estados Unidos. Em nota, o BRB afirmou que sempre atuou em conformidade com normas de compliance e transparência, destacando que a decisão judicial não prevê prisões dos diretores do banco, mas apenas o afastamento temporário do presidente e do diretor-executivo de finanças e controladoria do BRB, Dario Oswaldo Garcia Jr. O caso ganhou peso adicional porque envolve análises técnicas já realizadas pelo BC, indicando falhas documentais e dúvidas sobre a viabilidade econômico-financeira da instituição investigada.

Leia Também: Prisão de Daniel Vorcaro e a liquidação do Banco Master

Presidente do BRB e o acordo vetado pelo BC

O presidente do BRB (Banco de Brasília) vinha comandando, desde março, a tentativa de aquisição do Banco Master. A operação avançou institucionalmente, mas acabou rejeitada pelo BC após uma análise técnica detalhada que levantou dúvidas sobre documentos, estrutura financeira e a qualidade dos ativos transferidos ao BRB.

Dados-chave da negociação conduzida pelo presidente do BRB:

  • Participação pretendida: 49% das ações ordinárias, 100% das preferenciais e 58% do capital total.
  • Acordo anunciado em março e aprovado pelo Cade em junho.
  • Rejeição pelo Banco Central em setembro, por ausência de documentos essenciais e inconsistências financeiras.
  • Técnicos do BC identificaram distorções contábeis na transferência de carteiras de crédito ao BRB.
  • Parte das CCBs transferidas apresentava prazos vencidos ou próximos do vencimento, acentuando questionamentos sobre governança da operação.

Impactos da estrutura de crédito e das investigações

As investigações também consideram o uso de CCBs como substitutos contratuais. Parte dos créditos tinha vencimento inferior ao acordado, ampliando dúvidas sobre a qualidade dos ativos e elevando a pressão regulatória. A liquidação extrajudicial decretada pelo BC encerra as operações do Master, com reorganização da ordem de pagamentos aos credores.

Presidente do BRB e as consequências institucionais

A saída do presidente do BRB cria incerteza interna enquanto as autoridades aprofundam verificações sobre a operação recusada pelo Banco Central. O afastamento abre espaço para ajustes de governança e tende a influenciar a percepção do mercado financeiro sobre transparência documental em transações complexas envolvendo ativos sensíveis. O avanço da investigação, intensificado após a prisão de Daniel Vorcaro, reforça que o caso ganhou nova dimensão institucional e seguirá sob escrutínio técnico e regulatório.

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