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Motiva vende aeroportos em operação de R$ 11,5 bilhões e redefine foco operacional

A Motiva anunciou a venda de sua operação de 20 aeroportos por R$ 11,5 bilhões ao grupo ASUR, em um passo alinhado ao plano de focar em rodovias e trilhos. A empresa pretende reduzir a alavancagem e ampliar capacidade de investimento em novas concessões, enquanto mantém as operações até a conclusão do negócio prevista para 2026.
Motiva vende aeroportos em operação de R$ 11,5 bi para ASUR
Motiva vende aeroportos como estratégia para concentrar portfólio em mobilidade terrestre (Foto: Reprodução)

Na noite desta terça-feira (18/11) foi anunciado que a Motiva vende seus 20 aeroportos em alienação de 100% das operações dos mesmos para a subsidiária do grupo mexicano ASUR (Grupo Aeroportuario del Sureste), por um montante avaliado em R$ 11,5 bilhões.

Além disso, a transação dos 20 aeroportos, dos quais 17 são do Brasil, inclui R$ 5 bilhões em equity e R$ 6,5 bilhões pela integralidade da CPC Holding, que consolida os ativos de aeroportos da Motiva.

Motiva vende aeroportos e fortalece posição financeira

Com a conclusão da venda dos aeroportos, a Motiva pretende aplicar os recursos para a redução do endividamento da holding. O mesmo, no terceiro trimestre de 2025, atingiu dívida líquida de R$ 5,6 bilhões, ante R$ 3,6 bilhões no mesmo período em 2024, e alavancagem de 3,6 vezes.

A expectativa, segundo comunicado da companhia, é que a alavancagem consolidada caia para menos de 3 vezes após a finalização do negócio.

Já no período de 12 meses encerrados em setembro de 2025, a unidade de aeroportos reportou receita líquida de R$ 2,96 bilhões e Ebitda de R$ 1,52 bilhão, resultando em margem de 51%. A operação atraiu o interesse de mais de 20 grupos internacionais, ampliando o leque de potenciais compradores e reforçando o valor obtido.

Leia mais: Motiva no 3T25 tem lucro de R$ 683 milhões e EBITDA recorde de R$ 2,5 bi

Venda de aeroportos realinha estratégia corporativa da Motiva

Conhecida como uma das maiores empresas de infraestrutura de mobilidade do Brasil, a transação faz parte de uma estratégia da Motiva (anteriormente conhecida como CCR) para simplificar o portfólio e concentrar-se nos segmentos considerados prioritários: rodovias e trilhos.

O plano Ambição 2035 da empresa define o crescimento “rentável, seletivo e sinérgico” desses negócios. Isso, conforme o CEO Miguel Setas afirmou:

“Ao avançarmos na reciclagem de capital e simplificarmos o nosso portfólio, ampliamos a nossa capacidade de investimento nos segmentos estratégicos para nossa companhia, em especial de rodovias e trilhos.”

Enquanto aguarda aprovação regulatória para o fechamento em 2026, a Motiva manterá a operação dos aeroportos com os atuais funcionários e seguirá com os investimentos previstos. Já o comprador, ASUR, amplia sua presença ao entrar no mercado brasileiro, reforçando o perfil internacional da operação.

Mudança estratégica e próximos passos

Ao optar por essa venda, a Motiva possibilita uma nova fase de atuação, concentrada nos segmentos rodoviários e de trilhos como seu maior operacional.

A empresa, inclusive, já mapeou um pipeline de oportunidades de concessões no Brasil no valor de R$ 160 bilhões para os próximos anos. Com alavancagem reduzida, ela amplia a capacidade de competir nesses projetos. Por outro lado, a entrada da ASUR em solo brasileiro abre o setor aeroportuário para nova dinâmica de capital estrangeiro.

Portanto, o que se conclui é que a Motiva vende seus aeroportos como estratégia para acelerar sua transição na mobilidade terrestre. E, enquanto isso, o mercado acompanha como esse reposicionamento vai influenciar a estrutura de capital do grupo.

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