O salário mínimo de 2026 foi ajustado para R$ 1.627 em atualização enviada pelo Governo Federal ao Congresso na última semana. A mudança decorre da nova projeção do INPC de 2024, índice que compõe a fórmula usada para definir o piso de 2026. Se o valor se confirmar, o governo aplicará um reajuste de 7,18% sobre os atuais R$ 1.518, o que já altera as estimativas de despesas obrigatórias do próximo Orçamento.
Com a nova projeção, o governo busca calibrar o impacto fiscal do piso nacional enquanto aguarda o dado decisivo: o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de novembro, que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgará na próxima semana e usará para fechar o cálculo oficial.
Salário mínimo de 2026 e o efeito sobre o Orçamento
A revisão para um valor ligeiramente menor que a feita em setembro, de R$ 1.631, reduz a pressão sobre benefícios previdenciários e assistenciais, todos indexados ao piso. Isso ajuda a atenuar o crescimento das despesas obrigatórias em um ano em que a União tenta preservar a trajetória fiscal prevista no arcabouço.
O ajuste no salário mínimo de 2026 também repercute no debate legislativo sobre o Orçamento de 2026, já que cada real adicional no piso amplia o gasto anual em bilhões. A atualização enviada ao Congresso traz previsibilidade às estimativas de gasto e reforça a necessidade de compatibilizar correções de renda com limites fiscais.
Como é calculado o salário mínimo de 2026?
A lógica do reajuste do salário mínimo em 2026 combina dois fatores: inflação e crescimento econômico. O cálculo considera o INPC acumulado até novembro de 2024 e o crescimento real do PIB de 2023, limitado a 2,5%, teto criado para moderar o avanço automático das despesas previdenciárias.
Embora o PIB do ano passado tenha crescido 3,4%, apenas 2,5% entram no cálculo por causa da regra de limitação. A divulgação do INPC de novembro encerrará o número oficial.
Ritmo previsto para o piso nacional nos próximos anos
A atualização enviada ao Congresso inclui estimativas para além de 2026, todas ajustadas para baixo diante da inflação mais moderada. A remuneração mínima projetada passa a ser de R$ 1.721 em 2027, R$ 1.819 em 2028 e R$ 1.903 em 2029. Essas projeções indicam avanços graduais, alinhados à política de valorização e ao limite imposto pelo arcabouço sobre o PIB.
Portanto, o ajuste progressivo do piso salarial de 2026 busca preservar o poder de compra sem pressionar demais o orçamento federal, especialmente em um cenário de despesas obrigatórias em expansão controlada.
Tendências ficais para a remuneração mensal
A reorganização das projeções reforça a tentativa do Governo de equilibrar renda mínima e sustentabilidade das contas públicas. E o reajusta do salário mínimo de 2026 traduz esse esforço na teoria: corrige a renda de trabalhadores e beneficiários e incorpora ganho real moderado. Além disso, buscar manter o avanço das despesas dentro de um ritmo administrável.
Apesar de tudo, a forma como as próximas leituras de inflação se comportarem determinará se o valor final de dezembro consolida esse ponto de equilíbrio.











