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Fusão Omnicom e IPG corta 4 mil vagas e redefine grandes redes

A fusão Omnicom e IPG corta 4 mil vagas, une redes tradicionais e pressiona o setor global, enquanto o grupo acelera investimentos em tecnologia e reorganiza suas operações.
fusão Omnicom e IPG representada pelas marcas unificadas no visual corporativo
Representação visual da fusão Omnicom e IPG, que reorganiza redes e ajusta estruturas internas do grupo. Foto: Reprodução AdAge

A fusão Omnicom e IPG concluída abriu uma fase de ajustes imediatos no grupo, que confirmou o corte de mais de 4 mil posições e iniciou a integração das operações. O valor de US$ 13 bilhões do negócio colocou a empresa no topo global em receita e desencadeou um redesenho profundo das redes que compõem o conglomerado.
A absorção de marcas tradicionais marca um ponto sensível da transação, já que estruturas históricas deixam de atuar de forma independente.

A reconfiguração inclui a incorporação da DDB e da MullenLowe pela TBWA, enquanto a FCB passa a operar dentro da BBDO. Executivos afirmam que a mudança faz parte do esforço para reduzir sobreposição. O formato consolida unidades, concentra capital humano e amplia o alcance de plataformas globais. A empresa afirma que essa etapa já estava em preparação antes da união entre as holdings.

Fusão Omnicom e IPG e revisão das redes

A integração também altera a dinâmica das equipes, porque os cortes atingem áreas administrativas e parte da liderança. Funções ligadas à receita tendem a permanecer. John Wren, CEO do grupo, afirmou que a eliminação das vagas responde à necessidade de simplificar estruturas em um ambiente de maior pressão competitiva. A medida se soma aos ajustes promovidos pelas duas holdings nos anos anteriores, quando IPG e Omnicom já haviam reduzido milhares de postos.

O cenário regulatório, após aprovação europeia, permitiu que o grupo avançasse na unificação tecnológica. A companhia prevê sinergias acima dos US$ 750 milhões e promete ampliar investimentos em inteligência artificial, automação e plataformas de dados, áreas tratadas como eixo central da estratégia. Esse foco aparece no esforço para acelerar entregas de mídia, conteúdo e serviços integrados, solução vista como caminho direto para enfrentar a oferta crescente de ferramentas digitais das big techs.

Fusão Omnicom e IPG e pressão competitiva

O ambiente de mercado reforça a busca por eficiência, já que empresas de tecnologia oferecem produtos que permitem gerar campanhas em larga escala. A Meta é um dos exemplos citados por analistas, porque reúne canais de mídia e ferramentas de automação que reduzem custos para anunciantes. A disputa com Publicis e WPP também avança, porque as três holdings buscam liderança em receita, presença global e capacidade de integração.

Desdobramentos da união estrutural

A união entre as holdings, que alguns especialistas chamam de integração corporativa, pode influenciar mercados locais, ainda que não haja definição sobre impactos regionais. No Brasil, o grupo mantém nomes relevantes da publicidade e do PR, como AlmapBBDO, Africa Creative, DM9, Lew’Lara\TBWA, CDN, Ketchum, WMcCann, FCB Brasil, Mediabrands e R/GA. A forma como o conglomerado ajustará essas estruturas deve ser observada de perto, porque o avanço da IA e a reorganização global tendem a influenciar preços, ritmo de criação e disputa por talentos nos próximos meses.

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