A isenção de Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) para veículos com 20 anos ou mais se torna regra nacional após a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 72/23 na Câmara na última terça-feira (02/12). Como o Senado já havia confirmado o texto, a mudança segue para promulgação e altera a tributação em estados que ainda mantinham cobrança sobre carros antigos, reduzindo diferenças regionais e trazendo mais previsibilidade aos contribuintes.
A decisão cria um padrão único para veículos muito antigos, substitui critérios distintos adotados pelos estados e reforça discussões sobre o papel do IPVA na estrutura tributária. Segundo o relator da proposta, deputado Euclydes Pettersen (Republicanos-MG), “a proposta uniformiza a isenção do IPVA para carros antigos, que já é adotada por vários estados, evitando diferenças na cobrança do imposto”, síntese da leitura predominante de que normas nacionais facilitam a administração fiscal.
Isenção de IPVA e o efeito nos estados que ainda cobravam
A nova regra de isençã do IPVA altera diretamente o modelo de arrecadação de cinco estados que ainda tributavam veículos com mais de 20 anos. A transição fica mais clara pelos pontos centrais da mudança:
- Abrangência da regra: carros de passeio, caminhonetes e veículos mistos com 20 anos ou mais.
- Exclusões: micro-ônibus, ônibus, reboques e semirreboques seguem fora do benefício.
- Antes da PEC, cada estado aplicava sua própria política, criando tratamentos desiguais.
- Estados que precisarão ajustar a legislação:
Minas Gerais;
Pernambuco;
Tocantins;
Alagoas;
e Santa Catarina. - A nova norma da isenção do IPVA elimina brechas e consolida referência única para veículos antigos.
Esse redesenho exige reorganização administrativa e pode levar a revisões internas sobre a participação dos veículos mais velhos na base tributária. Embora especialistas apontem que o impacto financeiro isenção do IPVA seja limitado, a atualização implica adequações técnicas nas secretarias estaduais.
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Isenção tributária sobre veículos e a harmonização da legislação nacional
Com a uniformização, estados deixam de ter autonomia para manter cobrança nessa faixa de idade, o que reduz disputas administrativas e aumenta a previsibilidade para os contribuintes.
A regra nacional para isenção de IPVA também se conecta ao debate sobre modernização da frota e aos critérios utilizados para equilibrar arrecadação e idade dos veículos, tema recorrente entre gestores públicos e analistas do setor automotivo.
Efeitos futuros da nova regra de dispensa do imposto
A isenção de IPVA tende a alterar o comportamento de quem mantém veículos antigos. Isso porque a dispensa do imposto reduz o custo anual e prolonga o uso desses automóveis. Portanto, esse efeito pode estimular a regularização de modelos que estavam parados sem documentação atualizada.
Por outro lado, a eliminação da cobrança pode influenciar o mercado de usados e fortalecer serviços ligados à manutenção, como oficinas e seguradoras. Essa dinâmica amplia o debate sobre a idade da frota e seus impactos na mobilidade diária.











