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Prada oficializa compra da Versace por US$ 1,4 bi e amplia presença no luxo italiano

A Prada concluiu a compra da Versace por US$ 1,4 bilhão, fortalecendo a posição da Itália no mercado global de luxo. O acordo reduz dívidas da antiga controladora, a Capri Holdings, e abre caminho para ajustes criativos e comerciais na Versace após a saída de Donatella. Analistas avaliam que a integração amplia a escala da Prada e pressiona rivais em um setor marcado pela disputa por consumidores de alta renda.
Prada compra Versace em operação bilionária.
A compra da Versace pela Prada reforça o peso das marcas italianas no setor de luxo. (Foto: Reprodução)

Na noite da última terça-feira (02/12) o Grupo Prada finalizou compra da Versace por cerca de US$ 1,4 bilhão (1,25 bilhão de euros), inaugurando uma nova fase para o setor italiano de moda premium. O valor que equivale a R$ 7,5 bilhões, amplia a escala do grupo e fortalece o papel da indústria nacional em um ambiente marcado pelo domínio de conglomerados globais.

Além disso, a Prada realizar compra da Versace altera a estratégia da Capri Holdings, que havia adquirido a Versace por US$ 2 bilhões em 2018. A venda diminui parte do endividamento e devolve capacidade de investimento à companhia. Segundo o CEO John D. Idol, “a transação proporcionará maior flexibilidade para investir no crescimento e também para retornar capital aos acionistas”. A reorganização favorece marcas como Michael Kors e Jimmy Choo, que dependem de balanço mais leve para expandir suas operações.

Prada compra Versace e reposiciona o luxo italiano no cenário global

Embora a Itália produza mais da metade dos bens pessoais de luxo do mundo, ainda buscava um conglomerado capaz de competir com grupos como a francesa LVMH. O processo de aquisição da Versace, que já ocorre desde março, acontece nesse contexto. Com valor de mercado próximo de US$ 15 bilhões, a Prada amplia capacidade competitiva ao incorporar uma marca reconhecida e com forte apelo internacional.

No entanto, Prada compra a Versace em meio a período complicado para a última. A Versace registrou prejuízo operacional de US$ 54 milhões no primeiro trimestre, em meio à ascensão do luxo discreto. A estética maximalista criada por Gianni Versace, fundador da marca em 1978, e ampliada por Donatella Versace, diretora criativa por quase três décadas, perdeu tração entre consumidores que buscam peças mais minimalistas. Por isso

Leia também: Hotel inspirado na Versace em Miami une luxo e charme com diárias de R$ 2 mil

As trajetórias que moldaram Prada e Versace

A Prada, fundada em 1913 por Mario Prada, tornou-se referência ao transformar materiais como couro e nylon em símbolos de status global. Hoje, o grupo atua em mercados estratégicos com Prada e Miu Miu e mantém forte presença internacional.

Já a Versace, criada em 1978 por Gianni Versace, ganhou fama pela estética exuberante, pelas estampas icônicas e pela comunicação marcante. Após o assassinato do fundador, Donatella conduziu a direção criativa da marca

Nesse contexto, Prada comprar Versace não só representa a união de duas empresas de sucesso, mas de dois símbolos tradicionais da moda global.

Saiba mais sobre como surgiu a Prada

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Prada assume a renovação criativa da grife após compra da Versace

A saída de Donatella, após Prada realizar compra da Versace, abre espaço para uma reorganização profunda do portfólio, alinhando a Versace a linhas mais contemporâneas. A Prada tende a acelerar essa revisão, ajustando estampas, silhuetas e categorias de preço. Com isso, fortalecendo a presença internacional da grife e ampliando participação em mercados de crescimento consistente.

Uma fase de expansão no setor premium europeu

A leitura de analistas é que Prada compra Versace num movimento de consolidação no luxo europeu, mesmo em um cenário de desaceleração global. A combinação entre escala industrial, marcas fortes e redes de varejo estruturadas cria um polo capaz de disputar categorias de maior margem.

Nesse ambiente, a aquisição da Versace pressiona rivais a revisar estratégias e reforça o debate sobre como o luxo deve se adaptar a consumidores que valorizam exclusividade sem excessos.

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