O número de bilionários no mundo alcançou um total de 2.900 no período encerrado em dezembro de 2025. O relatório Billionaire Ambitions Report, elaborado pela financeira UBS, mostra que esse grupo passou a concentrar US$ 15,8 trilhões, acima dos quase US$ 14 trilhões registrados um ano antes. O resultado é associado à valorização das empresas de tecnologia e à continuidade da alta das bolsas.
Embora a volatilidade criada pelas tarifas de Donald Trump tenha reduzido parte dos retornos, o estudo destaca que o avanço dos mercados prevaleceu. Nesse cenário, surgiram um número total de 287 novos bilionários em 2025 no mundo, o segundo maior aumento anual desde que o banco suíço começou o monitoramento, em 2015.
Número de bilionários no mundo e a força das heranças
O levantamento aponta que a transferência de riqueza ganhou peso na formação do atual número de bilionários no mundo. Dos 287 novos bilionários no mundo, 91 herdaram sua fortuna, incluindo 15 herdeiros de duas famílias do setor farmacêutico na Alemanha. Somados, eles receberam US$ 298 bilhões nos últimos 12 meses, volume considerado o maior já observado pelo UBS nesse intervalo.
O aumento mais singificativo no número de bilionários no mundo também sustenta a projeção de que, nos próximos 15 anos, cerca de US$ 5,9 trilhões mudarão de mãos entre famílias de ultrarricos. O relatório interpreta essa dinâmica como uma nova fase de reorganização patrimonial, que convive com ciclos de valorização das empresas de tecnologia e com a busca dos investidores por ativos de maior escala global.
Papel dos setores emergentes na quantidade de novos bilionários no mundo
O UBS reforça que a presença de novos empreendedores oriundos de biotecnologia, infraestrutura, varejo e criptoativos sinaliza uma mudança geracional no perfil das grandes fortunas. Além disso, a expansão das empresas de tecnologia passou a influenciar de forma mais intensa a quantidade de super-ricos no planeta, que acompanha a evolução desses setores.
Em destaque, o relatório identifica o aumento do número de bilionários no mundo associados a setores de forte expansão, com fortunas estimadas em bases públicas internacionais. Entre eles temos exemplos como:
- Guo Jiajie — cofundador da GDS Holdings (data centers e infraestrutura digital). Estimado em US$ 3,1 bilhões.
- Ben Lamm — fundador da Colossal Biosciences (biotecnologia). Estimado em US$ 3,7 bilhões.
- Michael Dorrell — cofundador da Stonepeak Partners (infraestrutura). Aproximadamente US$ 8,5 bilhões.
- Justin Sun — empresário de cripto e blockchain. Patrimônio estimado entre US$ 5 bilhões e US$ 8 bilhões.
- Zhang Hongchao — fundador da iFlytek (inteligência artificial). Fortuna próxima de US$ 4,2 bilhões.
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Um horizonte moldado pelas grandes fortunas globais
A ampliação do número de bilionários no mundo ocorre enquanto mercados globais mantêm apetite por tecnologia, e modelos de negócio baseados em escala seguem atraindo capital. Paralelamente, a agenda de sucessões amplia a participação de herdeiros nas estatísticas.
Esse conjunto de fatores tende a redefinir a distribuição das maiores fortunas, sobretudo se a valorização dos mercados se mantiver. Para analistas ouvidos pelo UBS, o comportamento recente das bolsas e o ciclo tecnológico atual indicam que a concentração de capital continuará avançando. Portanto, espera-se que o número de bilionários no mundo aumente, mesmo que concentrados em um único grupo familiar e empresarial.











