O crédito imobiliário ampliado voltou a valer na Caixa Econômica Federal a partir desta terça-feira (09/12), autorizando novos financiamentos para quem já possui contrato ativo no Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). A reativação encerra a suspensão adotada em 2024 e atende à demanda de famílias e investidores que aguardavam mais alternativas de contratação.
A mudança ocorre porque o Banco Central ajustou o compulsório da poupança, o que, segundo o presidente da Caixa, Carlos Vieira, ampliou a liquidez do sistema e deu base para uma expansão do crédito habitacional. As taxas das operações seguem a partir de 10,99% ao ano, com atualização pela TR e prazo de até 420 meses.
Condições e impactos do crédito imobiliário ampliado
A reabertura da modalidade volta a permitir solicitações independentemente do regime de casamento. O novo ciclo acompanha o aumento do teto do SFH, que passou de R$ 1,5 milhão para R$ 2,25 milhões. Analistas dizem que a mudança amplia a oferta para famílias de renda média e alta. No financiamento, a Caixa restabeleceu cotas de até 80% no SAC e 70% na Tabela Price, reduzindo a necessidade de entrada.
Outra frente envolve a linha para reformas criada dentro do programa Reforma Casa Brasil, lançada em outubro, que reforça a ampliação do financiamento imobiliário ao oferecer custos competitivos. A Caixa ainda passou a operar R$ 30 bilhões do Fundo Social para o MCMV e R$ 10 bilhões em recursos próprios via SBPE para famílias acima da faixa social.
Fatores que sustentam a nova fase
O banco reforça a leitura de que o ajuste regulatório sustenta o ritmo de concessões, mesmo diante da queda recente dos depósitos da poupança. No terceiro trimestre de 2025, a carteira imobiliária chegou a R$ 905 bilhões, avanço anual de 11,4%. As novas contratações somaram R$ 174,4 bilhões até setembro, o que sinaliza fôlego extra ao crédito habitacional.
Cenário futuro e ajustes do setor
A retomada, vista como uma etapa de reorganização da oferta, tende a influenciar decisões de incorporadoras e construtoras ao longo de 2026. O mercado acompanha a previsão orçamentária do SBPE após as mudanças no regulatório. A ampliação dos recursos pode reforçar o crédito imobiliário ampliado, desde que o ritmo de contratações siga a demanda estrutural por moradia.











