A crise no setor da construção se intensificou em dezembro de 2025. Esse fator levou o índice de confiança ao menor patamar desde maio de 2021, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV). O Índice de Confiança da Construção (ICST) caiu cerca de 1,2 ponto no mês. Encerrando o período em 91,4 pontos e revertendo a alta observada em novembro.
A retração foi puxada principalmente, pela deterioração simultânea da percepção sobre o momento presente e das expectativas para os próximos meses. Nesse cenário, as empresas seguem enfrentando o aumento de custos, dificuldade para contratar trabalhadores e maior cautela nas suas decisões. Mesmo com osinvestimentos estimados em infraestrutura e o volume de obras associadas ao Programa Minha Casa Minha Vida, da Caixa Econômica Federal, a situação ainda é preocupante.
Indicadores mostram enfraquecimento disseminado durante crise no setor da construção
Os dados divulgados pela FGV reforçam a leitura mais conservadora do setor de construção no Brasil:
Índice de Situação Atual (ISA-CST): 91,2 pontos, uma queda de 1,3 ponto
Índice de Expectativas (IE-CST): 91,8 pontos, um recuo de 1,2 ponto
Situação atual dos negócios: 91,1 pontos, uma baixa de 1,8 ponto
Demanda prevista para três meses: 92,6 pontos, um recuo de 1,9 ponto
Apesar da queda da confiança, o Nível de Utilização da Capacidade avançou cerca de 0,9 ponto percentual, para 78,5%. Com uma alta tanto em mão de obra quanto em máquinas e equipamentos.
Atividade segue elevada e ambiente permanece pressionado
A combinação entre o maior uso da capacidade produtiva e o recuo dos índices de confiança indica que a crise no setor da construção está ligada menos ao nível de atividade e mais ao ambiente de negócios. Esse quadro tende a manter o mercado seletivo com as empresas do setor e influencia as decisões de investimento no início de 2026.











