O IPCA-15 de dezembro registrou alta de 0,25%, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), encerrando 2025 abaixo do teto da meta de inflação. Além disso, o resultado representou a taxa mais baixa para o mês desde 2018, quando o índice havia recuado 0,16%.
Em comparação com dezembro de 2024, quando a prévia da inflação oficial avançou 0,34%, o dado mais recente indica um ritmo mais contido de reajustes. Ainda assim, o índice manteve variação positiva, refletindo ajustes pontuais em grupos monitorados pelo indicador de preços ao consumidor.
IPCA-15 de dezembro confirma desaceleração em 12 meses
No acumulado em 12 meses, o IPCA-15 de dezembro recuou de 4,50% em novembro para 4,41%, configurando a terceira desaceleração mensal consecutiva. Esse patamar é o mais baixo desde setembro de 2024, quando o índice estava em 4,12%.
Com isso, o fechamento de 2025 tornou-se o mais baixo desde 2020, ano em que a inflação medida pelo IPCA-15 terminou em 4,23%. O dado reforça a leitura de menor pressão inflacionária no fim do ano, observada de forma contínua ao longo do segundo semestre.
Resultado do IPCA-15 de dezembro fica abaixo das projeções
O desempenho do IPCA-15 de dezembro também surpreendeu o mercado financeiro. Pesquisa da Reuters indicava expectativa de alta de 0,27% no mês e taxa de 4,43% em 12 meses, ambas acima do resultado efetivo divulgado pelo IBGE.
Assim, o índice de inflação de dezembro ficou abaixo das projeções, reforçando uma leitura mais cautelosa sobre o comportamento dos preços no curto prazo. Esse tipo de surpresa costuma influenciar revisões de cenário macroeconômico e projeções futuras.
Ao encerrar 2025 no menor nível em cinco anos, o IPCA-15 de dezembro consolida um ambiente inflacionário mais comportado na virada do ano. Analistas avaliam que esse quadro tende a pesar nas discussões sobre política monetária em 2026, embora decisões dependam da evolução fiscal e de novos dados econômicos.
Nesse contexto, a inflação medida pelo IPCA-15 segue como um dos principais termômetros para expectativas de juros, custo do crédito e avaliação de risco, mantendo papel central no acompanhamento da economia brasileira.











