Os fundos imobiliários em 2025 retomaram protagonismo no mercado de capitais brasileiro ao combinar maior liquidez, crescimento da base de investidores e valorização do principal índice do setor. Na média, os FIIs movimentaram R$ 316 milhões por dia na B3, segundo dados da própria Bolsa.
Dentro desse volume, um recorte chama atenção. Apenas cinco fundos concentraram 15,5% das negociações diárias, somando cerca de R$ 58 milhões por dia. O dado revela uma preferência clara dos investidores por ativos mais consolidados, especialmente em um ano de retomada do apetite por renda imobiliária.
Fundos imobiliários em 2025 e a concentração de liquidez
Entre os fundos imobiliários em 2025, o KNCR11 liderou o volume médio diário até novembro, com R$ 14,5 milhões negociados. O fundo da Kinea tem foco em ativos de renda fixa imobiliária, como CRI e LCI, estratégia que atrai investidores em busca de previsibilidade.
Na sequência, o XPML11 apareceu com R$ 13,6 milhões por dia. O fundo é um dos maiores do segmento de shoppings centers, com participação em mais de 30 empreendimentos distribuídos por cidades relevantes. CPLG11, CPUR11 e MXRF11 completaram o grupo que concentrou parte relevante da liquidez.
Esse comportamento mostra que, mesmo com a expansão do número de produtos, o mercado segue direcionando capital para fundos com maior histórico, escala e facilidade de negociação.
Fundos imobiliários em 2025 e o perfil do investidor
O avanço dos fundos imobiliários em 2025 também aparece na base de cotistas. O total de investidores chegou a 2,9 milhões, alta de 53% em relação a dezembro de 2024, quando eram 1,9 milhão. Hoje, pessoas físicas representam 41,6% desse universo, seguidas de perto por investidores institucionais, com 40%.
Segundo a B3, o crescimento ocorre após um período de estabilidade, acompanhado pela recuperação do Ifix, que acumulou alta de 17,4% até novembro. Para Henio Luiz Scheidt, gerente de produtos da Bolsa, os números confirmam a centralidade dos FIIs dentro do mercado brasileiro.
Liquidez, juros e operação imobiliária
Na avaliação de Caio Nabuco de Araújo, analista da Empiricus Research, o desempenho dos fundos imobiliários em 2025 reflete tanto o cenário macroeconômico quanto a operação dos ativos. A expectativa de queda da taxa de juros favoreceu os fundos de tijolo, enquanto indicadores operacionais mostraram vacância baixa no segmento logístico, absorção positiva de escritórios em São Paulo e vendas sustentadas em shoppings.
Mesmo após a valorização do setor, o mercado segue atento à liquidez como critério central de alocação. O comportamento de 2025 indica um ambiente mais seletivo, no qual tamanho, governança e capacidade de negociação continuam determinando o fluxo de capital nos fundos imobiliários.











