Os mercados globais pós-Natal operam em baixa nesta sexta-feira (26/12), no retorno do feriado, com investidores adotando postura defensiva diante da liquidez reduzida. O tradicional Rally de Papai Noel perdeu força, enquanto persistem dúvidas sobre política monetária, tecnologia e cenário geopolítico.
Apesar do recuo das bolsas, os ativos de proteção avançam. O ouro caminha para o melhor desempenho anual desde 1979, enquanto a prata registra o quinto pregão consecutivo de alta. A combinação de tensões internacionais e desvalorização do dólar reforçou a busca por proteção no cenário global após o Natal.
Mercados globais pós-Natal e Wall Street
Em Wall Street, as sessões encurtadas antes do feriado levaram o S&P 500 e o Dow Jones a novas máximas históricas. Ainda assim, nesta sexta, os índices futuros indicam ajuste. O Dow Jones futuro recua 0,14%, enquanto S&P 500 e Nasdaq caem 0,10% e 0,12%.
O foco permanece dividido entre a trajetória dos juros nos Estados Unidos e a sustentabilidade das apostas em inteligência artificial, que sustentaram o rali recente. Analistas observam que, com menor liquidez, oscilações pontuais ganham peso maior na formação de preços.
Ásia, Brasil e Europa
Na Ásia, as bolsas fecharam sem direção única. O Nikkei, no Japão, avançou 0,68%, enquanto Xangai subiu 0,10%. Parte da região permaneceu fechada pelo Boxing Day, o que limitou volumes. A Europa não operou, concentrando atenções nos Estados Unidos.
Entre as commodities, o petróleo apresentou leve alta. O WTI subiu para US$ 58,41 o barril, enquanto o Brent alcançou US$ 62,25. Investidores acompanham restrições dos EUA a remessas da Venezuela e ações militares na Nigéria.
No Brasil, o Ibovespa retoma o pregão sob influência externa e do noticiário político. A agenda inclui a nota de crédito de novembro do Banco Central e o fluxo cambial, dados relevantes em um ambiente de menor volume. Além disso, a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de marcar audiência durante o recesso adicionou ruído institucional.
Leitura do mercado no pós-Natal global
No mercados globais pós-Natal, a combinação de baixa liquidez, ajustes técnicos e incerteza macroeconômica sustenta uma postura mais defensiva. Nesse ambiente, o Ibovespa tende a operar sensível tanto ao fluxo externo quanto ao noticiário doméstico, com juros, câmbio e política influenciando a precificação dos ativos nas próximas sessões.











