
Déficit fiscal primário: por que a projeção melhora em 2025, mas piora em 2026?
O mercado financeiro ajustou suas previsões para o déficit fiscal primário do Brasil, indicando uma melhora na projeção para 2025, mas um agravamento para 2026.
O mercado financeiro ajustou suas previsões para o déficit fiscal primário do Brasil, indicando uma melhora na projeção para 2025, mas um agravamento para 2026.
O secretário do Tesouro, Rogério Ceron, afirmou que o déficit primário de R$ 44 bilhões em 2024 foi o segundo melhor da década, atrás de 2022. Ele defendeu declarações de Lula e afirmou que novas medidas fiscais podem ser adotadas
O Governo Central encerrou 2024 com um déficit primário de R$ 43 bilhões (0,36% do PIB), bem abaixo do previsto. O resultado foi impactado por enchentes no RS e gastos obrigatórios, mas contido por alta arrecadação e corte de despesas dentro do arcabouço fiscal
Em 2024, o déficit do governo federal foi de 0,4% do PIB, mas caiu para 0,1% com exceções fiscais, segundo a IFI. O governo cumpriu a meta fiscal, apesar de exclusões como gastos com enchentes e queimadas. A previsão de crescimento do PIB é de 1,9%
O resultado (queda do déficit público) foi melhor que o esperado por analistas de mercado, que projetavam um déficit de R$ 10,4 bilhões. Em 2024, o rombo acumulado até novembro é de R$ 66,827 bilhões, 42,6% menor que o registrado no mesmo período de 2023
A ministra Esther Dweck afirmou que o déficit de R$ 6,04 bilhões em estatais federais reflete investimentos estratégicos, não prejuízo real.
O setor público acumulou déficit nominal de R$ 1,111 tri (9,50% do PIB) em 12 meses até novembro, maior valor desde agosto/24. Alta dos juros e déficit primário impulsionam o resultado. Pacote fiscal de Haddad foi mal recebido, e dólar superou R$ 6,00
O ministro Haddad afirmou que o governo teria superávit primário em 2024 se o Congresso não prorrogasse a desoneração da folha, apoio a municípios e ao setor de eventos, causando perda de R$ 45 bilhões em receitas e impactando o ajuste fiscal planejado.
O Congresso deve aprovar R$ 17,9 bi em medidas para que o governo atinja a meta de déficit zero em 2025. Segundo o Tesouro, o valor pode vir de novos projetos ou propostas paradas. O esforço fiscal inclui aumento de receita e controle de gastos
O risco fiscal, identificado como o maior desafio à estabilidade financeira nos próximos três anos, foi apontado por 42% das instituições financeiras na pesquisa do Banco Central. O aumento dos gastos públicos é o principal fator de preocupação.
O Brasil enfrenta um paradoxo: com desemprego em 6,4% e PIB crescendo, a inflação pressiona a economia. O Banco Central pode aumentar a taxa de juros, impactando investimentos. Economistas buscam equilibrar crescimento e desemprego e estudam suas dinâmicas para o futuro econômico do país.