Pela primeira vez em quatro anos a decisão do Federal Reserve (Fed), banco central americano, foi para cortar a taxa de juros dos Estados Unidos. O último corte foi em março de 2020 e ainda que alguns analistas esperassem 1,25 de redução, o corte foi de 0,5 ponto percentual. A ação indica um ciclo de flexibilização monetária, em resposta a preocupações crescentes sobre o mercado de trabalho.
Agora, a taxa de juros nos Estados Unidos está na faixa de 4,75% a 5,00%, bem distante da praticada no Brasil que está acima de 10%. Por lá, os responsáveis pela política monetária acreditam que a inflação está se movendo de forma sustentável em direção à meta de 2%, acompanhando os preços que estão caindo.
Somado a isso, a taxa de desemprego deve subir para 4,4%, colaborando para o controle da inflação, já que supõe menos dinheiro injetado na economia. Assim, a meta, segundo informações divulgadas pela agência Reuters, é seguir com as reduções até atingir 2,75% a 3,00%.
Histórico que antecedeu a decisão do Fed sobre a taxa de juros
O Fed aumentou a taxa de juros 11 vezes em 16 meses, o que instituiu a taxa de juros mais alta nos EUA em várias décadas. Agora, é um momento importante de início de redução, pois para alguns analistas a taxa continua acima da média.
A decisão foi quase unânime, com apenas a diretora Michelle W. Bowman votando contra a redução de 0,5 e defendendo uma redução de 0,25. Segundo a Reuters, esse é o primeiro voto diferente desde 2005.
Impacto no Brasil
Segundo análise da Flávia Oliveira, jornalista de economia do Estúdio I da Globo News, o corte nos juros pode impactar na queda do preço do dólar no Brasil. Segundo a jornalista isso pode ser benéfico para atrair investimento de fora. Ou seja, o corte dos juros nos EUA aumenta rentabilidade de quem aplica no Brasil, traz mais dólar para o país, derrubando a taxa cambial e por fim, também colabora para o controle da inflação por aqui.