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Ibovespa cai 0,90% enquanto investidores aguardam decisão do Copom

Ibovespa - Copom - queda
(Imagem: divulgação/Ibovespa)
Ibovespa - Copom - queda
(Imagem: divulgação/Ibovespa)

A tão esperada ‘Super Quarta’ trouxe parte das expectativas do mercado. Os investidores ficaram atentos tanto ao cenário internacional quanto à decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre a taxa Selic. O Ibovespa acompanhou o ritmo do exterior, que reagiu ao corte de 0,50 ponto percentual nas taxas de juros dos Estados Unidos, e fechou o dia em queda.

Nesta quarta-feira (18), o principal índice da bolsa brasileira, o Ibovespa, registrou uma queda de 0,90%, encerrando o pregão aos 133.747,69 pontos. Enquanto isso, o dólar à vista também teve uma desvalorização, e fechou com uma queda de 0,48%, cotado para R$ 5,4617.

Notícias corporativas no radar

No cenário doméstico, além das expectativas relacionadas à decisão do Copom, o noticiário corporativo também impactou os investidores. Um dos destaques foi a Agrogalaxy (AGXY3), que entrou com pedido de recuperação judicial no final da tarde. A empresa já havia passado por turbulências mais cedo, quando o presidente e outros cinco conselheiros renunciaram às suas cargas, aumentando a incerteza em relação ao futuro da companhia.

Ainda nesta quarta-feira, o mercado financeiro aguarda a divulgação da decisão do Copom. A expectativa é de um aumento de 0,25 ponto percentual na taxa Selic, o que eleva os juros para 10,75% ao ano. No entanto, há especulações de que o Banco Central possa optar por uma alta de 0,50 ponto percentual, diante do cenário econômico atual.

Braskem e Azul movimentam o Ibovespa

Entre as ações que compõem o Ibovespa, a Braskem (BRKM5) liderou as altas do dia. No início do pregão, os papéis da empresa chegaram a subir 9%, impulsionados pela recomendação de compra feita pelo UBS BB, que revisou o preço-alvo da ação de R$ 22 para R$ 28. Ao final do dia, as ações da Braskem encerraram com alta de mais de 5%.

No outro lado, a Azul (AZUL4) interrompeu uma sequência de ganho e caiu. Nos últimos três pregões, as ações da companhia aérea acumularam uma alta de mais de 50%. O valor do mercado da Azul subiu para R$ 2,16 bilhões no fechamento do dia anterior, segundo levantamento de Elos Ayta.

Petrobras e Vale pressionaram o índice

As ações da Petrobras (PETR4;PETR3) também evoluíram para a queda do Ibovespa, com um retorno de mais de 2% durante o pregão. O desempenho negativo veio em meio a rumores de novos ajustes nos preços dos combustíveis, o que gerou apreensão entre os investidores. O estado, no entanto, negou a informação em um comunicado, afirmando que os ajustes nos preços são feitos conforme a política da empresa, sem periodicidade definida.

Outro destaque negativo foi a Vale (VALE3), que teve mais um dia de queda, demonstrando o desempenho do minério de ferro no mercado chinês. O contrato mais negociado da commodity no mercado futuro da Dalian Commodity Exchange, na China, encerrou o dia com queda de 4,12%, cotado a US$ 95,15 por tonelada. Dessa forma, o movimento de queda afetou as ações da mineradora, demonstrando o cenário externo desfavorável para a companhia.