O final de ano chegou e as festividades que cercam esse período despertam a necessidade de fazer alertas quanto aos cuidados que precisam ser tomados no trânsito, seja ele dentro das cidades ou nas rodovias.
Com o intuito de conscientizar sobre a escolha correta de transporte para viagens municipais ou interestaduais, a Associação Brasileira das Empresas de Transporte Terrestre de Passageiros (ABRATI) lançou uma campanha para esclarecer sobre os riscos do uso de transporte clandestino.
Segundo a associação, motoristas que atuam na clandestinidade não têm treinamento para dirigir à noite ou em grandes distâncias, não passam por testes toxicológicos periódicos, nem de aferição alcóolica. Além disso, afirma a associação, as empresas não contam com alojamentos de descanso adequado e os veículos não passam por vistorias frequentes.
Segundo a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), nos últimos dois anos 2.688 ônibus foram apreendidos com várias irregularidades. Um levantamento feito pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) a pedido da Associação Mineira de Medicina do Tráfego (Ammetra), mostrou que o número de infrações por desrespeito à Lei do Descanso teve uma alta de 272% nos dois últimos anos. Esse tipo de infração vem crescendo desde 2018. Naquele ano, foram computadas 5.775 infrações. Em 2020, o número saltou para 21.499.
A Lei do Descanso determina que o motorista profissional não pode dirigir por mais de cinco horas e meia ininterruptas e deve fazer pausas de 30 minutos de descanso dentro de cada seis horas. No caso dos motoristas que transportam passageiros, o descanso deve ser aplicado a cada quatro horas.