Na data de 17 de março, o Comitê de Política Monetária (Copom) realizou um aumento na taxa Selic, elevando-a para 11,75% ao ano. Este ajuste de 100 pontos-base, ou 1%, alinha-se às expectativas do mercado, que já antecipava tal elevação. Surpreendendo o mercado, o Banco Central anunciou que espera realizar um aumento similar na próxima reunião, sugerindo que a Selic alcançará 12,75% ao ano em maio. Esta série de elevações destaca a crescente atratividade dos ativos de renda fixa no cenário atual.
Impacto nos Ativos de Renda Fixa
Com a Selic em ascensão, os ativos de renda fixa pós-fixados emergem como escolhas essenciais nas carteiras de investimento. Esses ativos, conhecidos por seu menor risco e capacidade de capitalizar sobre o aumento dos juros, oferecem prêmios especialmente atraentes no momento. No mercado primário, as taxas variam entre 108% a 114% do CDI, enquanto no mercado secundário, é possível encontrar rendimentos de até 145% do CDI.
Ativos Indexados à Inflação e Prefixados
Apesar do aumento nas taxas de juros, os papéis indexados à inflação mantêm seu apelo devido à persistência do IPCA. Contudo, é vital considerar o prazo de vencimento destes ativos para minimizar riscos, preferindo-se os de curto a médio prazo. Por outro lado, os ativos prefixados, embora ainda atraentes, exigem cautela devido à sua sensibilidade à marcação a mercado em um ciclo de alta dos juros, o que pode resultar em deságio em casos de resgate antecipado.
Maior Atratividade da Renda Fixa
O cenário atual reforça a renda fixa como uma opção ainda mais vantajosa para investidores. Frente às elevações da Selic e às perspectivas de novas altas, investidores são incentivados a considerar diversas modalidades de renda fixa para maximizar retornos e mitigar riscos, aproveitando a oportunidade para reforçar suas estratégias de investimento.
*Opinião – Artigo Por Jaqueline Benevides, analista de renda fixa do TC Matrix.
