O Magazine Luiza (B3: MGLU3), uma das principais empresas que está digitalizando o varejo brasileiro, divulgou seus resultados financeiros referentes ao segundo trimestre de 2022. Um dos destaques do período foi a geração de R$ 1,3 bilhão de caixa operacional, acompanhado de uma margem Ebitda ajustada de 5,7%. Esse resultado representa um aumento de 0,7 p.p. em comparação ao primeiro trimestre de 2022 e de 3,2 p.p. em relação ao quarto trimestre de 2021. Essa é a maior margem Ebitda trimestral registrada pela empresa desde 2020.
Além disso, o marketplace da companhia superou a marca de 200 mil sellers formais, um crescimento de 100% em menos de um ano. As lojas físicas do Magalu desempenharam um papel fundamental nesse crescimento, ajudando a atrair mais de 100 mil novos sellers, especialmente parceiros locais que ainda não haviam digitalizado suas operações.
Crescimento robusto nas vendas e-commerce
As vendas totais da empresa no segundo trimestre de 2022 atingiram R$ 14 bilhões, com R$ 10 bilhões gerados pelo e-commerce e R$ 4 bilhões pelas lojas físicas. Embora as vendas tenham crescido apenas 1% no trimestre, ao analisarmos os últimos três anos, o Magazine Luiza apresenta um crescimento médio anual de 34% em suas vendas. Esse crescimento reflete a capacidade da empresa de ganhar marketshare, especialmente no segmento de comércio eletrônico.
No e-commerce, a companhia teve um crescimento de 2% no segundo trimestre, comparado a uma queda de 3% no mercado, conforme dados da Neotrust. Esse aumento consolidou a participação de mercado do Magazine Luiza no comércio eletrônico, que aumentou 11 pontos percentuais nos últimos três anos.
Expansão acelerada no marketplace e novas categorias
As vendas do marketplace (3P) atingiram R$ 3,6 bilhões no trimestre, o que representa um crescimento de 22% em relação ao ano anterior. Nos últimos três anos, o crescimento médio anual das vendas no marketplace foi de 84%. A empresa também registrou um crescimento significativo nas novas categorias de produtos, como moda, casa e jardim, esporte e beleza. Essas categorias tiveram aumento de vendas duas vezes superior às categorias tradicionais.
As vendas de moda cresceram 88%, enquanto a categoria de beleza aumentou 75% durante o período, evidenciando o foco da companhia na diversificação de produtos.
Fintech e serviços financeiros impulsionam resultados
No setor financeiro, o Magazine Luiza também apresentou resultados expressivos. O TPV total (volume total de pagamentos) da fintech da empresa atingiu R$ 22 bilhões no trimestre. O MagaluPay, serviço de pagamento da empresa, ultrapassou a marca de 5,7 milhões de contas abertas. A empresa também vem expandindo suas operações de cartões de crédito, com 7,3 milhões de cartões emitidos até o final de junho de 2022, registrando crescimento de 42% em relação ao período anterior.
Com foco nos clientes pré-aprovados pelo Itaú e pelo próprio Magalu, a empresa busca expandir seus serviços financeiros com baixo risco de inadimplência, além de continuar investindo em novas soluções de crédito, como a antecipação de FGTS.
Perspectivas otimistas para o segundo semestre
Frederico Trajano, CEO do Magazine Luiza, destacou que a empresa conseguiu aumentar margens sem perder participação de mercado e sem comprometer o nível de serviço ao cliente. O executivo demonstrou otimismo com o segundo semestre, que inclui eventos como a Copa do Mundo e a Black Friday, além da implementação do 5G no Brasil, que promete impulsionar ainda mais as vendas da empresa.
“Estamos prontos para aproveitar as oportunidades que o próximo semestre trará, sempre focando em crescimento sustentável e inovação”, afirma Trajano.
A capacidade do Magazine Luiza de equilibrar expansão com margens saudáveis e um portfólio diversificado de produtos e serviços financeiros posiciona a empresa como um player-chave no varejo brasileiro.
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Os resultados financeiros do Magazine Luiza (B3: MGLU3) no segundo trimestre de 2022 destacam a recuperação das margens e a expansão do marketplace.
