Durante a pandemia do Coronavírus o setor de computadores para jogos eletrônicos, conhecidos como PC Gamer, enfrentou uma combinação de alta demanda com baixa oferta. O resultado foi uma explosão nos preços, também impulsionados pela mineração de criptomoedas -os equipamentos turbinados são usados também nessa tarefa.
Passado o ápice da crise, peças que antes eram encontradas por R$ 12 mil custam hoje um terço disso, R$ 4.000.
Ao mesmo tempo que consolidou o trabalho remoto e incentivou a compra de PCs, a crise restringiu a produção de chips semicondutores no Leste Asiático.
Passados os gargalos de oferta, comentários em grupos de Facebook, canais especializados no YouTube e influenciadores mostram que os entusiastas ou estão comprando um PC gamer pela primeira vez ou já voltaram a atualizar seus componentes.
Os ecommerces brasileiros observam um revival dos PCs após a estabilização dos preços dos componentes. A Terabyte, por exemplo, viu o número de vendas na Black Friday deste ano quase dobrar em relação à de 2020.
No mesmo período, marketplaces asiáticos como Shopee e AliExpress também ganharam força entre os gamers mais experientes. Isso porque oferecem preços menores, a despeito de prazos de entrega maiores e menos suporte ao consumidor.
Um PC gamer é composto por placa-mãe, processador, placa de vídeo, memória RAM, armazenamento, cooler, gabinete e fonte de alimentação. Para jogar, ainda são necessários mouse, teclado, monitor e fones de ouvido.
O preço depende do tipo de necessidade de cada usuário. Computadores de entrada, que têm desempenho equivalente ao dos consoles PS4, Xbox One e Xbox Series S, custam entre R$ 2.000 a R$ 4.000.
Em máquinas mais poderosas, esses valores correspondem a apenas um dos componentes. Um PC gamer topo de linha, que supera os principais aparelhos da geração atual de videogames, PS5 e Xbox Series X, pode chegar aos R$ 10 mil, e sempre há espaço para mais modificações.










