O futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), quer definir o rumo da política sobre combustíveis com a nova diretoria da Petrobras. Um dos pontos a serem avaliados é o Paridade de Preços de Importação (PPI), política de preços praticada pela Petrobras desde o governo Michel Temer (MDB) e que garante alinhamento com o mercado internacional.
Ainda não há decisão tomada, apenas a disposição do futuro ministro em analisar o PPI. Nesta semana ele se reuniu com o senador Jean Paul Prates (PT-RN), integrante do grupo de energia na transição e cotado para assumir a presidência da companhia, para discutir o assunto.
Na transição, técnicos levantavam a possibilidade de uma trégua nos preços do petróleo criarem um ambiente em que a reoneração gradual dos combustíveis fosse viável. No entanto, a concretização desse cenário depende de uma série de fatores.
Durante a campanha, o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), criticou diversas vezes a política de preços da Petrobras e afirmou que pretendia “abrasileirar” os combustíveis. As declarações tiveram má repercussão e foram entendidas como uma sinalização de possíveis interferências na companhia.