O Ministro do Trabalho, Luiz Marinho (PT), disse que se a Uber deixar o Brasil devido a proposta de regulamentação do serviço por aplicativos, o governo federal pode chamar os Correios para substituir o aplicativo.
Marinho falou sobre a regulamentação dos aplicativos de transporte e a provável mudança na legislação trabalhista brasileira. Em sua campanha eleitoral para presidência, Luis Inácio Lula da Silva, prometeu direitos para os motoristas de aplicativos, que hoje não estão incluídas na CLT.
Questionado sobre os possíveis efeitos da saída do aplicativo de viagem do Brasil, Marinho disse que poderia contar com os Correios.
“Me questionaram: E se o Uber deixar o Brasil? Problema deles. Posso chamar os Correios, que é uma empresa de logística e falar para eles criarem um aplicativo e substituir o Uber”, comentou Marinho.
O ministro do trabalho também falou que a ideia no momento é incluir esses trabalhadores no INSS. Porém, destacou que ainda não tem nada decidido se também incluirá na CLT.
Questionada sobre a proposta do governo Lula de regulação, a Uber disse que defende desde 2021, a inclusão dos trabalhadores por aplicativo na Previdência Social, com as plataformas pagando parte das contribuições.
“É fundamental que essa integração previdenciária seja feita a partir de um modelo mais vantajoso para motoristas e entregadores do que as atuais opções, consideradas muito caras e burocráticas por grande parte desses trabalhadores”, disse a Uber em nota.
