Durante uma entrevista no programa Roda Viva, da TV Cultura, o economista indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para o Banco Central, exaltou a importância de se respeitar o resultado das urnas e se comprometeu em aproximar a instituição da nova administração. Essas declarações foram dadas em meio a uma escalada de críticas do ex-presidente Lula à atuação do Banco Central e à manutenção da taxa básica de juros em 13,75% ao ano, mantida na última reunião do Comitê de Política Monetária.
“O Banco Central é uma instituição de Estado, precisa trabalhar com o governo sempre. Nós estamos sempre abertos a trabalhar com o governo, a colaborar”, afirmou Campos Neto.
O governo atual tem manifestado preocupações com os impactos da elevada taxa de juros sobre o crescimento econômico do país e a execução de políticas públicas prometidas por Lula durante a campanha eleitoral. Enquanto isso, o Banco Central defende a manutenção da taxa de juros em níveis elevados para controlar a inflação, que apresenta números preocupantes.
Diante desse cenário, a nomeação de um economista indicado por Bolsonaro para o Banco Central gera expectativas sobre a autonomia da instituição e sua capacidade de se manter distante de influências políticas. A defesa da autonomia do Banco Central é um tema recorrente no Brasil e é visto como essencial para a estabilidade financeira do país.
No entanto, ainda há muitas incertezas sobre o futuro do Banco Central e a relação entre a instituição e o atual governo. O debate em torno da política monetária e da autonomia do Banco Central deve continuar sendo um tema de destaque no cenário econômico e político do país nos próximos meses.
