A arrecadação de tributos federais bateu recorde no mês de janeiro de 2023, alcançando o valor de R$ 251,745 bilhões, o que representa um aumento de 1,14% em comparação com o mesmo período do ano anterior, considerando a inflação. Esse valor é o maior já registrado desde 1995, quando teve início a série histórica da Receita Federal.
De acordo com informações da própria Receita, o desempenho positivo registrado em janeiro pode ser explicado, em grande parte, pelos pagamentos atípicos de Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e Contribuição Social sobre Lucro Líquido, bem como pelas desonerações que estão em vigor. As empresas, em especial, tiveram papel fundamental nesse resultado, tendo rendido R$ 86,6 bilhões em tributos para o Fisco.
Além disso, a Receita Federal explicou que houve pagamentos atípicos no valor de R$ 3 bilhões, originados a partir dos resultados apresentados por diversas empresas que atuam no setor de commodities de exploração mineral.
No acumulado do ano anterior, 2022, a arrecadação federal de impostos e contribuições também atingiu um novo recorde, totalizando R$ 2,218 trilhões em valores nominais e representando um aumento real de 8,18% em relação a 2021, descontando a inflação. Esse valor superou o recorde anterior, que havia sido registrado em 2021, no valor de R$ 2,085 trilhões (em valores corrigidos pelo IPCA).
As instituições ouvidas pelo Projeções Broadcast esperavam um resultado dentro do intervalo de R$ 2,203 trilhões a R$ 2,315 trilhões, sendo que o resultado alcançado pela arrecadação federal em 2022 ficou dentro desse intervalo de expectativas.
