Seis suspeitos foram presos por crimes financeiros que lesaram milhares de investidores e resultaram em prejuízos superiores a R$ 16 milhões. A operação, liderada pela 9ª Delegacia de Polícia do Distrito Federal, com o apoio operacional da Interpol, resultou na prisão de quatro integrantes da quadrilha em Portugal e um no aeroporto de Frankfurt (Alemanha). Entre os detidos, há três brasileiros. Eles serão extraditados para o Brasil. Um dos acusados está foragido.
A organização criminosa prometia lucro rápido na Bolsa de Valores e depois desaparecia com o dinheiro das vítimas. Quase mil pessoas caíram no golpe. Algumas perderam até R$ 1,5 milhão. A atividade ocorria há pelo menos 4 anos, vitimando milhares de pessoas em território nacional e expatriando milhões de reais via uma bem estruturada operação de criptomoedas.
De acordo com o delegado Erick Sallum, ao longo de um ano, a 9ª DP colheu elementos que comprovaram a existência de uma organização criminosa transnacional com sede em Portugal, com finalidade exclusiva de aplicar golpes no Brasil. A Operação Difusão Vermelha prevê, ainda, bloqueios de contas bancárias, sequestro de criptoativos e derrubadas de website utilizados para cometer os golpes.
As investigações constataram que o call center da organização criminosa era distribuído em quatro sedes diferentes e empregava centenas de brasileiros, geralmente imigrantes ilegais que, sem opção de trabalho, se sujeitavam a participar dos golpes. Sallum ressaltou que a contratação exclusiva de brasileiros decorria também da necessidade de pessoas que falassem fluentemente o português brasileiro, porque assediavam e buscavam vítimas apenas no Brasil.