Os jogadores Gustavo Scarpa e Mayke, companheiros de time no Palmeiras, entraram com um processo na justiça contra a consultoria do colega Willian Bigode e a empresa Xland, ligada à assessoria financeira, alegando prejuízos de cerca de R$ 11 milhões por investimentos feitos com o grupo. Na semana passada a justiça bloqueou R$ 13 milhões da Xland e da empresa WLCJ Consultoria, que tem Willian Bigode como sócio.
Mayke diz que investiu R$ 4,5 milhões e deveria ter um retorno de R$ 3,2 milhões. Scarpa, por sua vez, colocou R$ 6,3 milhões na Xland, mas nenhum dos dois conseguiu receber as quantias de volta quando tentaram reaver os investimentos.
Os jogadores afirmam que Bigode os indicou para investir na XLend, empresa que dizia fazer operações com criptomoedas e entregar um retorno de até 5% ao mês, patamar muito acima do rendimento das aplicações mais tradicionais do mercado.
O caso gerou memes nas redes sociais, como a montagem de Bigode na figura de Jordan Belfort, no filme “O Lobo de Wall Street”, sendo chamado de “O Lobo da Barra Funda”, bairro paulistano onde fica a sede do Palmeiras.
Em nota enviada a imprensa, Willian Bigode e a empresa WLJC se disseram vítimas da Xland, tendo realizado investimentos de R$ 17,5 milhões que, mesmo tendo o pedido de resgate sido feito em novembro do ano passado, até hoje não foram devolvidos. Já o dono da Xland, Gabriel Nascimento, afirmou ser vítima da FTX, corretora cripto que faliu em novembro do ano passado, e que os recursos dos clientes estavam alocados na empresa e não puderam ser resgatados após a falência.
Entretanto, a reportagem mostrou que Scarpa já havia tentado resgatar, sem sucesso, parte dos seus investimentos em agosto, meses antes da falência da FTX.









