Na próxima quarta-feira (22), o conselho de administração da Petrobras deve aprovar a renovação da diretoria da empresa, com todos os nomes indicados pelo presidente Jean-Paul Prates já aprovados pelo comitê interno responsável pela análise de currículos. No entanto, a renovação do próprio conselho ainda enfrenta entraves, com três dos onze nomes indicados pelo governo enfrentando restrições. A empresa aguarda parecer de sua área jurídica para avaliar os efeitos da decisão do ministro do STF, Ricardo Lewandowski, que flexibiliza a Lei das Estatais.
A expectativa é de que a nova diretoria assuma em abril, mas até lá, permanecem os diretores indicados pelo governo anterior, que enfrentam uma paralisação dos trabalhadores contra a decisão de manter processos de venda de ativos com contratos já assinados. Os novos indicados por Prates incluem empregados da estatal e profissionais do mercado.
Os sindicatos ligados à companhia esperam que o novo grupo de diretores promova mudanças estratégicas, como a revisão da política de preços dos combustíveis e do plano de investimentos da companhia, retomando aportes em setores abandonados pelas gestões anteriores. No entanto, tais mudanças dependem da renovação do conselho de administração, que será apreciada pelos acionistas da companhia em assembleia marcada para o dia 27 de abril. O governo disputa oito das onze vagas do colegiado.
