Em 2022, mais de mil municípios brasileiros receberam um total de R$ 19,9 bilhões em royalties provenientes da exploração do petróleo, de acordo com dados divulgados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). No entanto, essa quantia está concentrada em poucas cidades, o que tem gerado desigualdades regionais.
Das 23 cidades que mais receberam royalties, 22 estão localizadas no Rio de Janeiro e uma em São Paulo. Juntas, elas ficaram com 61% do total, ou seja, R$ 12,2 bilhões. Maricá, cidade do Rio de Janeiro, sozinha recebeu R$ 2,5 bilhões.
Essa concentração de recursos tem sido alvo de críticas por parte de especialistas e políticos que defendem a redistribuição dos royalties de forma mais equitativa entre os municípios produtores e não produtores de petróleo. O argumento é que essa concentração reforça as desigualdades regionais e prejudica o desenvolvimento de áreas que não são beneficiadas pela exploração do petróleo.
Além disso, a volatilidade do mercado de petróleo e a dependência dos municípios produtores desses recursos tem gerado preocupações em relação à sustentabilidade econômica dessas cidades a longo prazo. Muitos especialistas defendem que é necessário diversificar a economia dessas regiões, investindo em outros setores que possam gerar empregos e renda para a população.
Diante desse cenário, o debate sobre a distribuição dos royalties do petróleo deve ganhar cada vez mais destaque nas discussões políticas e econômicas do país, visando promover uma distribuição mais justa e sustentável dos recursos oriundos da exploração desse recurso tão valioso para a economia brasileira.









