De acordo com Eduardo Kerbauy, vice-presidente da New Holland para a América Latina, a projeção de vendas de máquinas agrícolas para 2023 indica uma redução de 3,5% em relação ao ano passado. No entanto, o executivo avalia que, se o cenário se confirmar, será bom para o setor. Kerbauy também acredita que o receio de parte do agronegócio com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva diminuirá com o tempo e não impactará nas vendas do setor.
Kerbauy afirma que a falta de componentes para as máquinas, que foi um problema recorrente durante a pandemia, foi parcialmente resolvida, o que reduziu o tempo de espera dos fazendeiros por determinados modelos de produtos. A Anfavea projetou vendas de 65 mil máquinas para este ano, ante as 67.385 comercializadas no ano passado, representando um crescimento de 19,4% em relação às 56.418 unidades vendidas em 2021.
O executivo ressalta que, na parte agronômica, não há dúvidas sobre como será o ano, com preocupações climáticas envolvendo Argentina, Uruguai e parte do Rio Grande do Sul e com previsão de safra recorde no país. Ele acredita que as projeções de longo prazo não mudam e que o receio dos produtores rurais se deve também à política de financiamentos agrícolas que serão lançados pelo governo. Por fim, Kerbauy destaca que a falta de componentes no mercado foi parcialmente resolvida, com redução da fila de espera, ainda existente, por máquinas. Hoje em dia, é possível encontrar muitas máquinas disponíveis na rede concessionária, prontas para entrega.
