O IDV (Associação Brasileira de Varejo) divulgou um comunicado expressando preocupação com a importação fraudulenta de mercadorias estrangeiras e a consequente concorrência desleal que isso impõe à indústria e ao comércio brasileiros. A Associação, que congrega mais de 70 grandes redes, como C&A, Riachuelo, Petz, Magalu, Centauro e Boticário, argumenta que o Brasil enfrenta atualmente uma situação insustentável, com produtos ingressando no país através de plataformas de comércio eletrônico estrangeiras sem serem tributados.
O posicionamento do IDV ocorreu um dia após o governo desistir de eliminar a isenção do imposto de importação para encomendas até US$ 50. A Associação defende que, ao manter essa isenção, conhecida como “de minimis”, será necessário um maior esforço governamental no combate à pirataria e sonegação.
Segundo estimativas divulgadas pelo IDV, se não forem tomadas medidas para enfrentar o problema, a evasão provocada pelo comércio eletrônico pode atingir valores entre R$ 76 bilhões e R$ 99 bilhões em 2025. A Associação afirmou que continuará trabalhando intensamente, apoiando todas as medidas governamentais voltadas à justa tributação e à redução da pirataria e da sonegação praticada nas importações comerciais.
Outros representantes do empresariado também se manifestaram após o anúncio do recuo do governo. O presidente da ABLOS (Associação Brasileira dos Lojistas Satélites), Mauro Francis, associação que representa lojas de shoppings, declarou que haverá demissões e que o governo desistiu da medida por receio de perder popularidade. Por sua vez, Synesio Batista, presidente da Abrinq (Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos) acredita que o governo está estimulando a desindustrialização do país.









