O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu, nesta segunda-feira (24), a necessidade de estímulo ao crédito e ao crescimento econômico no Brasil durante o Fórum Empresarial Portugal-Brasil: Parcerias para a Inovação, realizado em Matosinhos, Portugal. Segundo Lula, é fundamental garantir a participação dos mais pobres na economia e promover um ciclo virtuoso de consumo, comércio e geração de empregos.
“A gente precisa garantir que os pobres possam participar. Porque quando eles virarem consumidor, vão comprar. Quando eles comprarem, o comércio vai vender. Quando o comércio vender, vai gerar emprego, vai comprar mais produto na fábrica, não precisa importar da China. Mais emprego vai gerar mais salário, é a coisa mais normal de uma roda gigante da economia funcionando e todo mundo participando”, explicou Lula.
Em contrapartida, o presidente criticou a taxa básica de juros brasileira, a Selic, definida em 13,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC). Lula comparou a situação do Brasil com a de Portugal, destacando que a alta taxa de juros prejudica a economia do país.
“Nós temos um problema no Brasil, primeiro-ministro [António Costa], que Portugal não sei se tem. É que a nossa taxa de juros é muito alta. No Brasil, a taxa Selic, que é a referencial, está em 13,75%. Ninguém toma dinheiro emprestado a 13,75%, ninguém. E não existe dinheiro mais barato”, afirmou.
A taxa Selic encontra-se no maior patamar desde janeiro de 2017, quando também estava em 13,75% ao ano. Em março, pela quinta vez consecutiva, o Banco Central optou por não alterar a taxa, que se mantém nesse nível desde agosto do ano passado.









