A estatal ucraniana Antonov, especialista em produção de aviões, optou por suspender negociação com o Brasil, após declarações concedidas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que revelou que a “decisão da guerra foi tomada por dois países”.
Representantes da empresa haviam manifestado interesse em investir no país, considerado neutro no conflito, porém, os discursos do chefe de estado brasileiro paralisaram a evolução do projeto.
As negociações para o início do projeto preveem investimento de US$50 bilhões e geração de 10 mil empregos diretos e indiretos. A previsão da estatal ucraniana era construir duas fábricas, nos estados de São Paulo e Paraná. O empreendimento incluía também, a construção de uma planta industrial de 70 mil metros quadrados, transferência de tecnologia e uma pista de testes de ao menos 2.400 x 50 metros em um cronograma estimado em cinco anos.
Para reparar o ruído de comunicação em relação ao conflito, Lula condenou a “violação da integridade territorial da Ucrânia” pela Rússia, em discurso na Assembleia da República, parlamento de Portugal.
“Acreditamos em uma ordem internacional fundada no respeito ao Direito Internacional e na preservação das soberanias nacionais”, afirmou.