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A invisibilidade das pessoas 50+ na comunicação e o potencial de mercado – Por Jackson Pereira Jr.

O estudo identificou energia nas pessoas mais velhas e a coragem da reinvenção, o desejo de deixar um legado, a simplicidade, o respeito ao tempo e o autoconhecimento.
Jackson Pereira Jr., empreendedor, diretor do BNTI, fundador e CEO do Economic News Brasil.
Por Jackson Pereira Jr., empreendedor, diretor do BNTI, fundador Economic News Brasil.

A pesquisa “A revolução da longevidade” realizada pela AlmapBBDO em parceria com a Qualibest e a Favela Diz, revelou que pessoas com 50 e 60 anos se sentem invisíveis e desconsideradas pela comunicação. O estudo teve como objetivo analisar as características e os anseios dessas faixas etárias para combater o preconceito e impulsionar mudanças na comunicação por parte das campanhas publicitárias das empresas. Conforme publicado pelo portal Mensagem & Meio, a pesquisa ouviu 1.055 indivíduos das classes ABC e 300 pessoas residentes em Paraisópolis, em São Paulo, com idades entre 50 e 85 anos. A falta de representatividade e senso de pertencimento reflete na desconexão dessas pessoas com as marcas, que costumam se concentrar apenas em questões relacionadas a vulnerabilidades.

O estudo identificou energia nas pessoas mais velhas e a coragem da reinvenção, o desejo de deixar um legado, a simplicidade, o respeito ao tempo e o autoconhecimento. Além disso, buscou entender os pilares de um bom envelhecimento, no qual ter laços bem estabelecidos e a presença da família foram mencionados como essenciais. Segundo dados do Instituto Locomotiva e da Kantar Ibope Media, as pessoas com 50 anos ou mais têm hábitos digitais relevantes e se mostram um nicho de mercado com alto potencial de consumo.

A pesquisa também abordou a intergeracionalidade, destacando a importância de integrar o público mais velho às demais gerações, a fim de gerar senso de pertencimento e combater o etarismo. Segundo o Censo Demográfico das Agências Brasileiras, apenas 5% dos colaboradores das agências de publicidade têm 50 anos ou mais, evidenciando a necessidade de abordar a temática etária no campo da comunicação. Rita Almeida, head de estratégia da AlmapBBDO, enfatiza que as marcas precisam se abrir para ouvir e considerar as pessoas mais velhas, e que a sociedade deve se mobilizar para fornecer ferramentas que permitam a inclusão desse público no mundo digital.

No que tange ao planejamento futuro, 18% mencionaram poupar e investir dinheiro, enquanto 33% realizaram reformas e mudanças no último ano. Em paralelo, 42% veem atividades como prioridade e 46% desejam viajar tanto quanto ou mais do que uma década atrás. No último mês, 66% receberam visitas de amigos em suas casas, demonstrando o estilo de vida ativo. Essas informações relevantes são provenientes do estudo da AlmapBBDO, que compilou dados do Instituto Locomotiva e da Kantar Ibope Media.

O estudo desempenhou um papel crucial ao evidenciar que indivíduos com mais de 50, 60, 70 e até 80 anos são mais ativos do que se imagina e frequentemente possuem um nível de atividade maior do que o esperado. No entanto, são frequentemente negligenciados e enfrentam preconceitos como público da terceira idade.

Em suma, é fundamental que empresas e marcas reconheçam e valorizem o público da terceira idade, que demonstra um alto nível de atividade e engajamento em diversas esferas da vida. A pesquisa realizada pela AlmapBBDO destaca a importância de romper com os estereótipos e preconceitos associados a essas faixas etárias, que muitas vezes são negligenciadas nas estratégias de comunicação e marketing.

Ao desenvolver campanhas e ações mais inclusivas e representativas, as empresas têm a oportunidade de se conectar com um público ávido por consumo, com hábitos digitais e interesses diversificados. Para promover uma sociedade mais justa e igualitária, é fundamental adotar uma abordagem multigeracional que inclua pessoas de diferentes faixas etárias. Isso cria um senso de pertencimento e combate o preconceito por idade.

O potencial deste nicho de mercado é inegável e representa uma oportunidade valiosa para as empresas que desejam expandir seu alcance e fortalecer sua presença no mercado. Ao considerar as necessidades e anseios deste público, as marcas contribuem não apenas para o crescimento de seus negócios, mas também para a construção de um mundo mais inclusivo e respeitoso para todos, independentemente da idade.

*Opinião – Artigo Por Jackson Pereira Jr.empreendedor, diretor do BNTI, fundador e CEO do Economic News Brasil.

**Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal.

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