Um relatório divulgado pelo Banco Mundial mostrou que o Brasil pode ter um impacto econômico de até R$ 920,5 bilhões caso o desmatamento na Amazônia atinja um ponto de inflexão, ou seja, um nível de degradação que cause uma mudança irreversível para savanização.
Segundo o Banco Interamericano de Desenvolvimento, os danos irreversíveis eliminariam as chuvas da região e afetariam diversos ecossistemas. Além disso, a redução de precipitação pode afetar a geração de energia hidrelétrica, que é predominante no Brasil.
O relatório também aponta atrasos relacionados ao uso da terra, sendo que 76% das emissões do país entre 2000 e 2020 eram decorrentes de mudanças no uso do solo, incluindo desmatamento e agricultura. O estudo indica que os incentivos agrícolas atuais não combatem a grilagem e o desmatamento, o que gera riscos para o meio ambiente e para a economia.
No entanto, o relatório destaca que o país tem vantagem competitiva na área de energia renovável, o que pode ser uma oportunidade para uma adaptação da economia para um modelo mais sustentável. De acordo com o Banco Mundial, a transição para uma economia verde poderia gerar um impacto positivo de R$ 472,78 bilhões no PIB até 2050.
Diante desses dados, o relatório do Banco Mundial aponta a necessidade de uma mudança de estratégia para o desenvolvimento sustentável, com ações efetivas para combater o desmatamento e incentivar uma economia verde, que possa trazer benefícios para a sociedade e para o meio ambiente.