Após o Reino Unido realizar um amplo experimento com 61 empresas para avaliar o impacto da semana de quatro dias de trabalho na produtividade e bem-estar dos funcionários, agora é a vez do Brasil.
A organização sem fins lucrativos 4 Day Week Global, em parceria com a brasileira Reconnect Happiness at Work, especializada em felicidade corporativa e liderança positiva, conduzirá o experimento no país entre junho e dezembro deste ano.
O processo terá início com sessões de apresentação para empresas em junho e julho. As inscrições serão abertas em agosto, e em setembro as companhias participantes serão preparadas, recebendo a metodologia desenvolvida em parceria com o Boston College. A experiência propriamente dita terá início em novembro e se estenderá até dezembro. Haverá um custo a ser definido para participar do experimento.
A expectativa é que cerca de 40 empresas brasileiras participem do projeto. As grandes empresas poderão adotar o experimento em uma área específica. Outros países, como Estados Unidos, Irlanda, Portugal e África do Sul, já estão conduzindo o experimento em seus territórios.
Durante todo o processo, serão avaliados indicadores como o nível de estresse dos colaboradores, a facilidade de conciliar vida pessoal e profissional, os resultados financeiros e a taxa de rotatividade de funcionários. A proposta é adotar o modelo de trabalho com 100% do salário, trabalhando 80% do tempo e mantendo 100% da produtividade.
No Reino Unido, onde 2.900 trabalhadores participaram do experimento, 92% das empresas pretendem continuar com a semana de quatro dias, de acordo com a 4 Day Week Global. Os resultados obtidos foram os seguintes: 39% dos funcionários relataram sentir-se menos estressados; 71% apresentaram redução dos sintomas de esgotamento; 54% afirmaram que foi mais fácil equilibrar a vida pessoal e profissional; a receita das empresas aumentou em média 1,4% e, comparando com períodos semelhantes de anos anteriores, a receita média aumentou 35%; a taxa de rotatividade de funcionários diminuiu 57% durante o período piloto, e 15% dos profissionais participantes afirmaram que nenhum aumento de salário os faria retornar à semana de cinco dias de trabalho.










