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BRF registra prejuízo de R$ 1,024 bilhão, porém tem crescimento na receita líquida

O JPMorgan elevou suas estimativas para a BRF, projetando um aumento de 5% no Ebitda para R$ 6,281 bilhões até 2024, com margem de 11,3% em 2024.
Imagem: BRF/Divulgação
O JPMorgan elevou suas estimativas para a BRF, projetando um aumento de 5% no Ebitda para R$ 6,281 bilhões até 2024, com margem de 11,3% em 2024.
Imagem: BRF/Divulgação

A BRF, empresa detentora das marcas Sadia e Perdigão, divulgou seu balanço do primeiro trimestre de 2023, revelando um prejuízo líquido de R$ 1,024 bilhão. Embora represente uma redução de 35,2% em relação ao mesmo período de 2022, quando registrou prejuízo de R$ 1,58 bilhão, o resultado foi maior do que o esperado pelo consenso Refinitiv, que projetava um prejuízo de R$ 514 milhões.

Por outro lado, a empresa apresentou um crescimento de 9,4% na receita líquida em comparação ao ano anterior, totalizando R$ 13,2 bilhões, superando as expectativas de R$ 12,9 bilhões para o trimestre.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado atingiu R$ 607 milhões, um aumento significativo de 300% em relação ao ano anterior, com margem de 4,6%. No entanto, ficou aquém das expectativas de R$ 721,3 milhões.

O CEO da BRF, Miguel Gularte, apontou desafios conjunturais, especialmente a alta oferta de carne de frango no mercado global, o que resultou em margem negativa no período. Além disso, o alto nível de juros no Brasil afetou o consumo das famílias no mercado interno.

No mercado brasileiro, a BRF registrou um crescimento de 9,1% na receita líquida operacional em relação ao primeiro trimestre de 2022. Já no mercado externo, o crescimento foi de 11,8%, totalizando R$ 6,1 bilhões.

Para o próximo trimestre, o CEO indica um potencial de melhoria nos indicadores operacionais, principalmente no custo do produto vendido (CPV), que deve recuar devido à queda nos preços dos grãos, especialmente do milho, no mercado brasileiro.

A empresa ressaltou ainda que obteve ganhos operacionais de aproximadamente R$ 418 milhões por meio de uma melhor execução comercial, melhoria na conversão alimentar de frango, redução da taxa de mortalidade de animais, aumento da eficiência da indústria e redução de perdas na cadeia produtiva e distribuição. Além disso, houve avanços nos indicadores logísticos e redução de custos com diárias.

A BRF também conseguiu reduzir em 4 pontos percentuais os descontos concedidos devido à vida útil dos produtos no mercado doméstico em comparação com o mesmo período do ano anterior.