Em muitos países a pandemia de Covid-19 representou um retrocesso para o avanço da equidade de gênero no mercado de trabalho. Em 2020, mulheres mais seniores tinham probabilidade 50% maior do que os homens de frear suas carreiras ou deixar a força de trabalho por causa da doença, segundo o relatório Women in the Workplace 2020 da comunidade global Lean In.
“Pesquisas no mundo todo mostram que, em momentos de crise, as mulheres são as primeiras a ser colocadas de fora”, diz Ana Paula Diniz, pesquisadora do Insper, em entrevista a Forbes.
No entanto, de acordo com o Panorama Mulheres 2023, estudo feito pelo Talenses Group com o Insper, a participação feminina na presidência das empresas e em outros cargos de liderança no Brasil cresceu de 2019 a 2022. As mulheres passaram de 13% a 17% dos CEOs do país.
Ao apresentar os resultados da pesquisa na quinta-feira (18/05), Fernando Ribeiro de Leite Neto, professor e pesquisador no Insper, disse: “E a tendência é claramente ascendente. No próximo ano, a proporção deve passar de 20%.”
Segundo ele, esse olhar otimista também vale para outros cargos de liderança. Mulheres passaram de 23% dos vice-presidentes do país em 2019 a 34% em 2022, e de 16% dos conselheiros a 21%. A única porcentagem que se manteve foi na diretoria, em 26%. “A pesquisa mostra que as ações afirmativas funcionam”, disse Renata Camargo, CEO da Black ID, no painel de lançamento do estudo.










